As campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul foram criadas para alertar as pessoas sobre duas doenças que causam milhares de mortes todos os anos: os cânceres de mama e de próstata, respectivamente. Conforme estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), ao longo de 2020 devem ser diagnosticados 66.280 novos casos de câncer de mama e outros 65.840 de câncer de próstata. Para não entrar nessas estatísticas, é importante fazer consultas médicas de rotina e mudar hábitos. Isso porque essas doenças são causadas pela interação de múltiplos fatores, incluindo genética, ambiente e estilo de vida. Dentro deste último, está a alimentação.
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A nutricionista Mirela Christmann destaca que muitos alimentos contêm nutrientes com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, como fitoesteróis, vitaminas C e E e betacaroteno, que possuem funções protetoras das células. “Esses nutrientes não são consumidos isoladamente na alimentação. É a combinação deles que proporciona os benefícios que os alimentos podem oferecer”, completa a profissional, que integra o programa Sua Saúde, iniciativa da Fundação Celesc de Seguridade Social (CELOS) de incentivo à qualidade de vida e à promoção da medicina preventiva.
Segundo Mirela, nos últimos anos, vários estudos têm demonstrado que, mais importante do que o consumo de nutrientes isolados, a adoção de um padrão alimentar saudável pode contribuir para a diminuição do risco do desenvolvimento de câncer. “O padrão alimentar diz respeito a um conjunto de alimentos frequentemente consumidos por indivíduos ou populações. E esse padrão alimentar também se relaciona com a redução do peso corporal, que é outro importante aspecto da prevenção do câncer de mama, especialmente em mulheres no pós-menopausa”, alerta. Porém, homens também podem ter a doença, embora isso seja menos comum.
Mas qual é esse padrão alimentar que contribui para a redução do risco de câncer? A seguir, a nutricionista Mirela elenca cinco aspectos que precisam ser considerados:
1) Consumir diariamente frutas, vegetais (legumes e verduras), grãos e cereais integrais, carnes brancas (como peixes e aves com pouca gordura) e alimentos com reduzido teor de gordura (por exemplo: leite desnatado).
2) Preparar os alimentos de maneira cozida, assada ou refogada, utilizando pouco óleo vegetal (por exemplo, azeite de oliva ou canola).
3) Limitar o consumo de carnes vermelhas e grãos e cereais refinados (por exemplo: farinha de trigo branca, arroz branco, etc.).
4) Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, os quais são conhecidos por apresentarem alta quantidade de gorduras e açúcares. Por exemplo: embutidos (salsicha, presunto, mortadela), bebidas açucaradas (refrigerantes, sucos de caixinha ou em pó, achocolatados), margarinas, sorvetes, etc.
5) Evitar o consumo excessivo e frequente de bebidas alcoólicas. (Dina Cleise de Freitas/Estrutura de Comunicação).