A repressão de forças de segurança do Irã contra manifestantes que protestam contra aumento no preço dos combustíveis deixou 106 mortos, informou nesta terça (19) a organização Anistia Internacional — que reconheceu que o número pode ser ainda maior.
Os protestos no Irã começaram na segunda (18), após o regime de Hassan Rouhan aumentar o preço da gasolina em um país cuja economia já está abatida pelas sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O governo iraniano, inclusive, acusa os EUA acusade interferirem em assuntos internos após a Casa Branca ter demonstrado apoio aos manifestantes.
Segundo a Anistia Internacional, as forças de segurança reprimiram os manifestantes com armas de fogo, canhões de água e gás lacrimogênio, além de espancar pessoas com cassetetes.
“Imagens de cartuchos de balas caídas no chão, assim como o número de mortes resultantes, indica que usaram munição real”, afirmou.
O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos afirmou, em nota, que está “profundamente preocupado” com os relatos de repressão armada aos manifestantes. A organização também pediu que as pessoas “protestem pacificamente”.
“Estamos alarmados especialmente que o uso de armas de fogo deixou um número significativo de mortos pelo país”, afirmou Rupert Colville, porta-voz da organização.
(Fonte G1).