Polícia

Faccionados são condenados em júri popular na comarca de Chapecó

Foram mais de 12 horas de debates até chegar no veredicto. No júri popular da última sexta (6), na comarca de Chapecó, um dos acusados foi condenado a 29 anos de prisão e o outro a 14 anos. Eles respondem por homicídio, tentativa de homicídio, cárcere privado e associação criminosa armada. Os dois voltaram para o complexo prisional onde estavam desde o crime.

O conselho de sentença foi composto, por sorteio, por três mulheres e quatro homens. A defesa foi feita pelos defensores públicos Rodrigo Scarpelini Gonçalves de Freitas e Micheli Andressa Alves. Os representantes do Ministério Público, que atuaram na acusação, foram os promotores de justiça Átila Guastalla Lopes e Mateus Minuzzi Freire da Fontoura Gomes. A sessão foi presidida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Jeferson Osvaldo Vieira.

Outros três acusados foram julgados anteriormente. No dia 25 de outubro do ano passado, dois homens foram condenados a penas de 36 anos e 13 anos de prisão. Em 2018, no dia 10 de agosto, outro acusado pelos mesmos crimes foi sentenciado a 29 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão.

O crime

Na madrugada do dia 19 de fevereiro de 2017, um homem foi morto na saída de um baile em Cordilheira Alta. De acordo com a denúncia, a vítima comunicou ser integrante de uma facção criminosa rival a qual os autores fazem parte.

A mulher que acompanhava o homem foi levada, no próprio carro, a uma residência no bairro São Pedro, em Chapecó, onde teria ocorrido o “tribunal do crime”. Os cinco acusados decidiram pela morte dela já que era testemunha do homicídio do companheiro. Os réus teriam levado ela, no mesmo carro, até uma rodovia onde disparam diversas vezes contra a mulher. Depois que o grupo saiu, a nova vítima pediu ajuda e foi socorrida. O processo tramita em segredo de justiça.​

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