Coluna PELO ESTADOPolítica

ARTIGO: Insanidade imedível

Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira, Jornalista, professor universitário

Qualquer que seja o regime, ele sempre será pior do que a democracia. Então, as manifestações pró-golpe que eventualmente ocorrem contra instituições legítimas do Estado Democrático de Direito, são de uma insanidade imedível.

O raciocínio ruminante que leva à defesa de idiotices como intervenção militar, ato institucional ou a simples derrubada de autoridades legitimamente eleitas ao Parlamento ou nomeadas ao Judiciário, é típico de quem não valoriza nem a liberdade que tem e quer, simplesmente, a ditadura.

Ante aqueles que são fanáticos pela democracia, há os lunáticos da tirania, já que existem formas legítimas para mudar os poderes governamentais. São os bobos do absolutismo, que pode ser aplicado contra os próprios que o defendem, tanto para a liberdade individual como para o patrimônio. Normalmente, os golpes são desencadeados para impor alguém no Executivo, que, independente do sistema de governo, em geral pode mais. No Brasil de hoje, a ruminância deseja que o Executivo possa tudo.

O que esses amalucados fazem – e têm todo o direito de fazê-lo porque vivem num regime plenamente democrático –, não pode ser analisado apenas do ponto de vista da política, mas da psicologia ou da psiquiatria. Isso porque agem pela psicopatia, transtorno mental definido pelo psicanalista Joel Birman como um desvio de caráter daqueles que “não têm empatia em relação ao outro, o que lhes interessa é o que lhes convém”.

Trata-se, pois, de um rebanho que não sabe o que é um regime de exceção, com o Legislativo e o Judiciário amordaçados, o que, por extensão, amordaça o cidadão. No regime que esses inconsequentes pregam, eles não poderiam ir às ruas, nem teriam a liberdade de pedir pela volta da democracia para lhes repor direitos.

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