A chance de se afogar é duas mil vezes maior do que morrer em um acidente de trânsito. Esse dado preocupa o Corpo de Bombeiros de Chapecó que desenvolve projeto com crianças e adolescentes para educar e conscientizar sobre os cuidados em praias, rios, lagoas e piscinas. O relato foi feito nesta semana para a Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), em reunião na sede da corporação no município. Participaram o presidente Nelson Eiji Akimoto, o diretor de Micro e Pequenas Empresas Daniel Bet, o diretor executivo Fabio Luis Magro, o comandante do 6º Batalhão de Bombeiro Militar, tenente-coronel Hilton de Souza Seferino, o subcomandante major Anderson de Medeiros Sarte e a assistente social Fabiane Ribeiro.
De acordo com o comandante, no Brasil o afogamento está entre as cinco principais causas de morte até os 29 anos e entre as três principais até os 19 anos. “Temos um cenário diferente entre água doce e água salgada. O índice de afogamento no litoral é pequeno. Para cada morte por afogamento em água salgada registrada em Santa Catarina há seis óbitos em água doce. Além disso, o serviço de guarda-vida é mais difícil em locais que não são pontos turísticos, como rios e açudes que ficam em propriedades particulares”.
Para trabalhar com a prevenção a afogamentos, o Corpo de Bombeiros realiza desde os anos 2000 o Projeto Golfinho. Trata-se de um programa de conscientização e prevenção sobre os perigos dos ambientes aquáticos, cidadania e meio ambiente. A finalidade é educar o público infanto-juvenil orientando de maneira lúdica sobre a utilização segura das praias, rios, lagoas e piscinas.
Até 2017 o programa era realizado apenas no litoral. Na temporada 2017/2018 ocorreu em Chapecó e em Itá, expandindo para outros municípios do interior do Estado. Na região de atuação do 6º BBM, o projeto iniciou com 150 alunos de 9 a 14 anos, na temporada 2019/2020 foram 600 crianças e a expectativa para 2020/2021 é chegar em 1.500 alunos.
Para expandir o projeto e possibilitar atendimento o ano inteiro, a corporação tem projeto para construir uma piscina de 25 metros, coberta e com aquecimento. “Nossa intenção é somar esforços, junto com o poder público e a classe empresarial, para que esse projeto se torne realidade o mais breve possível. Estamos avaliando o local para a construção. Será um espaço para potencializar o processo socioeducativo e também para atividades de esporte e lazer”, relatou Seferino.
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O presidente da ACIC colocou a entidade à disposição para contribuir com a proposta. “Temos o Núcleo de Academias que pode auxiliar e como uma das ideias é adquirir recursos por meio do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) ou da Lei de Incentivo ao Esporte, podemos ajudar com o reforço na conscientização dos empresários em doar 1% do Imposto de Renda para o projeto”. Akimoto ressaltou que a ACIC agendará reunião com o Núcleo e contribuirá em outras etapas, sempre que for necessário. “Acompanhamos a atuação do Corpo de Bombeiros, estando sempre próximos para contribuir. Esse é mais um projeto importante que beneficiará Chapecó e região”, finalizou.
Após a reunião, foi feita visita às novas estruturas da corporação, inauguradas em fevereiro deste ano. (MB Comunicação).