A pandemia não tem data para terminar, mas a vacinação já começou para grupos de risco em alguns países. Nas últimas semanas, farmacêuticas começaram a divulgar os dados de eficácia de suas candidatas a vacina contra a Covid-19, mas ainda existem muitas perguntas em aberto. Depois de vacinado, posso parar com os protocolos de higiene? Se eu já tive coronavírus, posso ser vacinado? Podemos tomar mais de uma vacina? Grávidas serão imunizadas?
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Abaixo, confira as principais perguntas e respostas sobre a vacina:
- Posso parar de usar a máscara e álcool gel após me vacinar?
- As vacinas que utilizam a técnica do RNA alteram meu código genético?
- Se já tive Covid-19, devo ser vacinado?
- Por que quem tem alergia corre risco com a vacina da Pfizer?
- A vacinação contra a Covid-19 acabará com o coronavírus?
- Para quem as vacinas contra a Covid-19 não são indicadas?
Posso parar de usar a máscara e álcool em gel após me vacinar?
Não. O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, alertou que as vacinas não significam zero Covid. “Vacinas e [campanhas de] vacinação não resolverão por si só o problema”.
As vacinas candidatas contra Covid-19 em estágio mais avançado precisam de duas doses – e entre uma dose e outra existe um intervalo de semanas.
O vírus continuará circulando até termos a cobertura vacinal e isso levará um tempo. Até lá, é necessário usar máscara, manter o distanciamento, continuar com os protocolos de higiene. Quanto mais o vírus circula, mais ele se adapta, e a ideia é diminuir a circulação do vírus.
As vacinas que utilizam a técnica do RNA alteram meu código genético?
Não. A sequência genética humana não é afetada pela técnica do RNA, que é nova e vem sendo usada em vacinas em testes pelo mundo, com bons resultados. Duas vacinas usam essa técnica: a da Moderna e a da Pfizer/BioNTech.
O mRNA (RNA mensageiro) leva a mensagem de qual proteína a célula deve produzir. Depois que entrega a mensagem, o mRNA se degrada rapidamente. “O mRNA não permanece e não tem como ele se integrar no nosso DNA ou alterá-lo”, explica Denise Garrett, epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin.
Quem já teve Covid deve ser vacinado?
Sim. Especialistas dizem que os dados iniciais indicam que a vacina deve ser aplicada em que já teve a doença.
A vacina pode oferecer uma imunidade mais duradoura e trazer mais benefícios em relação à nossa imunidade natural.
Por que quem tem alergia corre risco com a vacina da Pfizer?
Não é bem assim. Os reguladores britânicos explicaram que qualquer pessoa com histórico de reação alérgica significativa a uma vacina, medicamento ou alimento não deveria tomar a vacina. Isso acontece também com outras vacinas, para outros vírus.
A Pfizer excluiu pessoas com histórico de reações adversas significativas às vacinas ou aos ingredientes de seu imunizante nos testes.
O diretor médico do NHS, o serviço público de saúde britânico, Stephen Powis, disse que “como é comum com as novas vacinas, a MHRA aconselhou, por precaução, que pessoas com histórico significativo de reações alérgicas não recebam esta vacina”.
A vacinação contra a Covid-19 acabará com o coronavírus?
Ainda não se sabe. Em maio, a OMS afirmou que não há como prever quando se o coronavírus irá desaparecer um dia, mesmo com uma vacina.
Para quem as vacinas contra a Covid-19 não são indicadas?
Até o momento, apenas a farmacêutica Pfizer desenvolvida em parceria com a BioNtech divulgou a bula da sua vacina contra a Covid-19. O documento informa que grávidas e mulheres que estão amamentando não poderão tomar o seu imunizante.
Do mesmo modo, as vacinas desenvolvidas pela Moderna e pela Universidade de Oxford não permitiram grávidas entre seus voluntários para os testes de fase 3.
Na Rússia, onde a vacina já começou a ser aplicada em trabalhadores mais expostos ao vírus, pessoas com mais de 60 anos, pacientes com doenças crônicas, mulheres grávidas ou lactantes não estão sendo imunizados.
Pessoas com histórico significativo de reações alérgicas, à algum alimento, à medicamentos ou à outras vacinas também não deverão receber as vacinas contra a Covid-19 disponíveis até o momento. (Fonte G1).