Caros Ministros do Supremo Tribunal Federal, desculpem minha ousadia em dirigir-me a Vossas Excelências nesse modesto espaço que me é oportunizado para interagir com minha comunidade. Confesso que, muitas vezes, tive o desejo de dizer-lhes pessoalmente o que sinto sobre sua Corte e o trabalho nela desenvolvido nos últimos dois anos, porém, além de temente a Deus, me tornei temente, em seu caso apenas no sentido do medo, aos Senhores, se é que posso assim chamá-los sem que represente uma afronta ao estado democrático de direito. Espero que entendam o meu receio em lhes falar, haja vista que existem manifestantes pró-governo Bolsonaro e jornalistas presos há mais de seis meses, sem o devido processo legal, por ousarem expressar opiniões contrárias aos seus interesses e eu não quero receber a visita do camburão nem usar tornozeleira eletrônica por divergir de Vossas Excelências, como também aconteceu essa semana em Cuba, que, aliás, parece servir de inspiração para alguns dos Senhores. Minha vontade de desabafar sobre seus trabalhos extrapola o limite respeitoso que meus leitores merecem, o que me faz controlar meus instintos para, apenas, fazer-lhes algumas observações, as quais julgo que poderiam ter mudado o país se Vossas Excelências tivessem descoberto anos antes esse “amor varonil” por nossa Pátria.
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Onde Vossas Excelências estavam quando o PT saqueou o Brasil? Quantas decisões, exclusivas ao Poder Executivo, foram derrubadas pelos Senhores nos últimos governos? Quantos prazos de 24 horas para os governos petistas se explicarem sobre supostos contratos ou decisões administrativas foram solicitados? Por que não foi solicitada ao governo de São Paulo uma explicação sobre o contrato sigiloso entre o Estado e a Sinovac para a distribuição de uma vacina que ainda não foi aprovada pela ANVISA, mas já está com fabricação em curso? Está escancarado que os Senhores supremos, que implantaram sua ditadura de toga, estão mancomunados com partidos políticos avessos à democracia e que, via judicial, impedem Bolsonaro de implementar sua política vencedora nas urnas.
Quero encerrar essa missiva, Nobres Supremos, dizendo que, se necessário, envio-lhes uma Constituição Federal para fazer parte do acervo da Casa, pois acredito que o único exemplar que Vossas Excelências tinham foi dado pela Ministra Rosa Weber ao Presidente Jair Bolsonaro no dia de sua diplomação, o que os impede de consultá-la e protegê-la, conforme eram suas atribuições, mas que foram sucumbidas pelo ego dos Senhores, deuses supremos…