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Covid no Oeste, vacinação lenta e má gestão no Samu repercutem na Alesc

O avanço da Covid-19 no Oeste, a lentidão na vacinação e a má gestão do Samu em Santa Catarina repercutiram na sessão de terça (9) da Assembleia Legislativa.

“A ocupação dos leitos de UTI e clínicos no Oeste vive um momento complicado, seis das oito cidades tinham ontem 100% de ocupação. O Hospital Regional de Chapecó já transferiu 13 pacientes e o Hospital São Paulo, de Xanxerê, emitiu alerta na sexta-feira”, relatou Neodi Saretta (PT).

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O ex-prefeito de Concórdia cobrou a reativação e abertura de novos leitos de UTI, a contratação de mais profissionais e a agilidade na vacinação.

“Não é possível ter mais de mil mortes por dia e as salas de vacina funcionarem apenas de segunda a sexta-feira. Apelo à agilidade, que se amplie a base etária e que o Ministério da Saúde seja mais ágil na compra e na cobrança da vacinação”, reforçou o parlamentar.

João Amin (PP) concordou com o colega.

“Santa Catarina está entre os piores estados do Brasil e o pior no Sul do Brasil em vacinação”, afirmou o parlamentar, acrescentando que enquanto a média nacional de vacinados é de 1,79%, no estado é de apenas 1,05%.

Maurício Eskudlark (PL) responsabilizou os municípios pela lentidão.

“Os municípios não estão aplicando, tem de ver se os municípios estão aplicando, tem de haver acompanhamento”, defendeu.

Já o deputado Jessé Lopes (PSL) voltou a denunciar a má gestão do Samu e informou que há atraso no pagamento do FGTS dos funcionários, além de cortes de internet e de telefone em bases do serviço de emergência.

“Recebo denúncias de pessoas que utilizam o Samu, que trabalham na empresa, tem FGTS atrasado, escalas de férias não estão sendo cumpridas, as faxineiras foram demitidas, cortaram telefones e rádios, mas o estado insiste em renovar o contrato. Quem é o responsável por manter essa empresa?”, perguntou Jessé.

“A Comissão de Saúde precisa agendar uma reunião com a Secretaria de Saúde e com a empresa OZZ Saúde para fazer um tira-teima, porque a empresa diz que está com FGTS atrasado porque o estado não pagou, e o estado diz que pagou tudo, precisamos fazer uma acareação para tirar isso a limpo”, declarou Kennedy Nunes (PSD).

Fiscalização do destino dos policiais

Sargento Lima (PSL) elogiou a iniciativa do Comando-Geral da PMSC de recrutar cerca de 500 novos policiais e informou que fiscalizará rigorosamente o destino desses policiais.

“Desses 500 policiais a única certeza que vou dar é que vou fiscalizar o destino de cada um deles, não quero intervir, não vou mandar um ofício pedindo polícia para minha cidade”, garantiu Lima, que defendeu a observação de critérios técnicos na distribuição.

Pedido para derrubar veto

Marcius Machado (PL) pediu o apoio dos colegas para derrubar veto aposto pelo governador a projeto de sua autoria e do deputado Sargento Lima que limita a tarifa de esgoto em 70% da água consumida.

“Conte comigo na derrubada do veto, é um tema municipalista, em Blumenau o consumidor paga 120% do esgoto do que gastou em água”, denunciou Ricardo Alba (PSL).

Crime eleitoral

Kennedy Nunes acusou o Comandante Geral da PMSC de ter cometido crime eleitoral na eleição de 2020.

“Gravou no salão da PM, com equipamento da PM, com pessoal da PM e em hora de trabalho um depoimento para pedir votos para o irmão candidato a prefeito de Rio do Sul. A denúncia foi de colegas três estrelas, só uma minoria ainda o suporta no Comando”, avaliou Kennedy.

Dinheiro para BR-470 x recursos para SCs

Valdir Cobalchini (MDB) reafirmou sua posição contrária ao investimento de recursos estaduais nas obras de duplicação da BR-470.

“Hoje foi indagada a possibilidade de o governo alocar recursos do Orçamento para as obras da BR-470. Todos entendemos que a BR-470 é prioridade, mas ela tem de ser cobrada do governo federal, os recursos dos nossos impostos têm de ser investidos nas nossas rodovias”, confirmou Cobalchini.

Moacir Sopelsa (MDB), Silvio Dreveck (PP) e Maurício Eskudlark (PL) apoiaram Cobalchini.

“Eu compreendo a angústia do governador, parece que tem uma bruxa enterrada nesse trecho da BR-470, por isso pretende colocar R$ 200 mi para fazer esta obra, mas que explicação vamos dar no estado todo?”, ponderou Sopelsa.

“Enquanto o governo não fizer concessões, infelizmente nossa geração não verá a duplicação. Precisamos debater este assunto, porque temos rodovias estaduais que precisam de investimentos”, lembrou Dreveck.

“Se é para o estado assumir, como vamos explicar que não vai assumir a BR-163 no Oeste, que está um caos? Vamos cobrar dos deputados federais, senadores e do governo federal. O estado tem de cuidar do que é seu, o governo federal tem de cuidar do que é seu”, encerrou Eskudlark. Vítor Santos/ Agência AL

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