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“Um grande teatro, um deboche”: Jorginho Mello sobre manobra que garantiu Renan Calheiros relator da CPI da Covid

A eleição de Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede – AP) para presidente e vice-presidente da CPI da Covid-19, nesta terça (27), foi marcada por uma grande manobra da oposição ao Governo Bolsonaro para garantir a relatoria ao senador Renan Calheiros (MDB –AL).

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Um dos 11 titulares da Comissão, Jorginho se posicionou contra a indicação de Renan Calheiros (MDB/AL), logo no início da instalação da CPI. Jorginho apresentou uma questão de ordem alegando que Calheiros deveria ser declarado suspeito por ser pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). Além disso, o documento também apontava a suspeição do suplente de Calheiros, Jader Barbalho (MDB) pelo mesmo motivo: é pai de um governador, no caso, Helder Barbalho (MDB), do Pará. O presidente eleito Omar Azis indeferiu o pedido de Jorginho Mello.

Um grande teatro, um deboche. O trabalho da Comissão já começou de forma equivocada. O palanque político infelizmente está armado, mas não vou admitir isso”, afirmou o senador.

Jorginho Mello, que é também o único parlamentar do sul do país a integrar a CPI, afirmou que atuará para assegurar principalmente dois pontos: a realização de um trabalho isento, sem caça às bruxas ou palanque político, e a descoberta do destino dos recursos encaminhados pelo governo federal aos estados e municípios, que somam mais de R$ 420 bilhões.

“Eu quero me dedicar muito para perseguir o rastro do dinheiro. Eu quero saber onde foram gastos os recursos que o governo federal enviou aos estados e municípios. Quero saber o que compraram, quais providências tomaram para salvar vidas. Porque não é possível gastarem esta fortuna e deixarem a população desprovida de leitos de UTI, de hospital, medicamentos e tudo isto que estamos vendo. A população está sofrendo. E não cabe politizar esse sofrimento para obter dividendos eleitorais. Não vou admitir isso”, afirmou Jorginho.

A próxima reunião de trabalho da CPI da Pandemia está marcada para acontecer na próxima quinta (29), um dos primeiros a serem ouvidos deverá ser o ex-ministro da saúde, Luís Henrique Mandetta.

 

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