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Cidadania de SP segue parecer do Conselho de Ética nacional e decide expulsar Fernando Cury

O Diretório do Cidadania de São Paulo decidiu nesta segunda (22), por 27 votos a 3, expulsar do partido o deputado estadual Fernando Cury, flagrado pelas câmeras da Assembleia Legislativa apalpando em plenário a colega Isa Penna, do PSOL.

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O Conselho de Ética Nacional do Cidadania já havia se manifestado pela expulsão, mas o parlamentar conseguiu atrasar o procedimento recorrendo ao judiciário. Secretária Nacional de Mulheres, Raquel Dias disse que o diretório estadual fez “justiça à história do partido”.

“Fez justiça também a quem somos hoje e ao partido que queremos ser. Mostrou que não escondemos nossos problemas, os enfrentamos. A política é difícil, pode ser cansativa, mas é o único caminho para novos tempos na sociedade”, avaliou.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, elogiou a decisão e lamentou que o desfecho tenha levado tanto tempo.

“Demorou. Já deveríamos ter resolvido isso. Lamentavelmente, ele foi ao judiciário discutir uma questão que é político-partidária e obteve liminar adiando um processo que deveria ser mais ágil. Eu diria até que deveria ser sumário pela gravidade da falta. O diretório de São Paulo fez justiça”, disse.

À Folha de S.Paulo, a secretária de Mulheres do Cidadania estadual, Ellen Cursino, disse que a expulsão é uma vitória de todas que fazem política no Brasil.

“Enfrentar o abuso é coisa séria. E se um partido aceita isso, como ele vai construir políticas públicas no combate à violência contra a mulher? Por isso, hoje a vitória é para todas as mulheres do Cidadania e de todos os partidos do Brasil”, defendeu.

O presidente do Conselho Nacional de Ética do Cidadania, Alisson Micoski, observou que a sociedade exige “postura das autoridades”, especialmente das que estão na política.

“O Cidadania cumpriu seu papel enfrentando uma situação em que a sociedade contemporânea vem exigindo novas posturas, principalmente das autoridades, pessoas públicas e daquelas que exercem relevante papel em instituições”, destacou.

Fernando Cury ainda poderá recorrer da decisão de São Paulo ao Diretório Nacional, embora dificilmente vá ser bem sucedido, avaliou Micoski. Fonte Cidadania 23

 

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