O bilionário de fundos de investimento e filantropo Michael Steinhardt entregou US$ 70 milhões (pouco menos de R$ 400 milhões) em antiguidades roubadas e aceitou uma proibição perpétua — a primeira do tipo — de adquirir antiguidades para resolver um inquérito criminal, afirmou o procurador distrital de Manhattan, Cy Vance, nesta segunda (6).
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Vance disse que sua investigação, iniciada em fevereiro de 2017, encontrou “evidências convincentes” de que 180 antiguidades foram roubadas de 11 países, e pelo menos 171 delas passaram por traficantes antes de serem compradas por Steinhardt.
“Por décadas, Michael Steinhardt demonstrou um apetite ganancioso por artefatos pilhados sem preocupação pela legalidade de suas ações, a legitimidade das peças compradas e vendidas, ou o doloroso prejuízo cultural que ele causou por todo o mundo”, disse Vance em nota.
Um dos advogados de Steinhardt não respondeu imediatamente a pedidos por comentários. O gabinete de Vance disse que o acordo marca “a conclusão de uma investigação do grão-júri sobre Steinhardt”.
Steinhardt, que faz 81 anos nesta terça (7), construiu sua riqueza administrando o fundo Steinhardt Partners, que fechou em 1995 para focar questões filantrópicas judaicas. Ele tem uma fortuna de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 6,8 bilhões), de acordo com a revista Forbes.
Vance disse que as antiguidades serão devolvidas a seus proprietários de direito na Bulgária, Egito, Grécia, Iraque, Israel, Itália, Jordânia, Líbano, Líbia, Síria e Turquia. As autoridades legais nesses países ajudaram na investigação. Copyright © Thomson Reuters