José Ricardo Meira foi condenado a 60 anos, 6 meses e 2 dias de cadeia em júri popular realizado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, na terça (12). Apontado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) como integrante de uma facção criminosa, ele atirou contra sete pessoas durante assaltos a bancos ocorridos na região de Wenceslau Braz, município do norte pioneiro do Paraná, em setembro de 2015.
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O réu respondeu por duas tentativa de homicídio duplamente qualificadas, cinco tentativas de homicídio triplamente qualificadas, organização criminosa, porte irregular de arma de fogo de uso restrito, dois roubos duplamente majorados (pelo emprego de arma de fogo e concurso de agentes), roubo triplamente majorado (pelo emprego de arma de fogo, concurso de agentes e transporte de veículo para outro Estado), dois roubos triplamente majorados (pelo emprego de arma de fogo, em concurso de agentes e com restrição de liberdade) e cárcere privado.
José Ricardo é o 11º integrante da organização crimonosa a ser julgado pelo Tribunal do Júri, por este crime do assalto a banco e demais crimes que a quadrilha cometeu na sequência. O réu está foragido e deverá cumprir a pena em regime fechado, quando for localizado e preso.
Relembre o caso
A quadrilha passou a ser alvo da polícia depois de uma primeira tentativa de roubo a banco que cometeram em Nova Prata do Iguaçu (PR). Na ocasião, um dos assaltantes foi morto após confronto com a Polícia Militar. Com ele, foi apreendido um aparelho celular que teve o sigilo das comunicações levantado por ordem judicial.
Com a perícia no aparelho, foi descoberto um plano da organização criminosa para praticar um roubo na região de Siqueira Campos, no Norte Pioneiro. Também foi possível identificar diversos membros da organização criminosa, não só os responsáveis pela execução dos roubos, mas também pessoas que prestavam auxílio aos assaltantes, sobretudo nas fugas.
A polícia localizou parte dos suspeitos, que entraram em confronto armado com os policiais e depois fugiram. Eles foram a São Paulo, mas voltaram ao Paraná em seguida para resgatar bandidos que ficaram para trás, escondidos pela região.
Porém eles já vinham sendo seguidos pela polícia paulista. Os policiais paranaenses se juntaram e passaram a seguir os bandidos, que se dividiram. Parte deles atirava em outros veículos que passavam por eles na estrada, para roubarem os carros e continuarem a fuga. Várias pessoas foram baleadas nestas situações. Houve, inclusive, confrontos com a polícia. Outra parte do bando fez pessoas reféns e as colocou em cárcere privado, sob a mira de armas, enquanto não conseguiam fuga. Mas os criminosos foram presos e identificados, incluindo mulheres.
Já condenados
No final do ano passado, Dasiel Scheneider de Oliveira foi condenado no Tribunal do Júri a 62 anos, 10 meses e 7 dias de reclusão pelos mesmos crimes que José Ricardo, além de ameaça, sequestro e uso de identidade falsa.
Antes dele, outro réu, Ricardo Mariano, foi condenado a 12 anos, 9 meses e 10 dias de prisão. Outros dois réus que foram a júri junto com Ricardo, um casal (presos em flagrante no dia do crime), foram inocentados. Outros réus tiveram seus processos desmembrados e ainda vão a júri popular ou julgamento em cortes específicas, conforme o crime cometido. Da RIC Mais