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Mais uma moda perigosa: jovens fumam cotonete

É fato que os jovens da atualidade são criativos, com o pensamento lógico apurado são responsáveis. Porém, alguns parecem estar distantes desse grupo, ou simplesmente querem aparecer, e fazem coisas bisonhas, ridículas, perigosas e lançam na rede sem nenhum pudor, de serem péssimos exemplos pela irresponsabilidade que expõem. A mais nova “tendência” que surge dessas cabeça vazias e se espalha pelas redes sociais, que, apesar de parecerem algo inofensivo, acendem um alerta, é a de fumar cotonetes. As informações são do portal R7, na reportagem de Yasmim Santos, com Fernando Mellis.

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Circulam com frequência vídeos em que, em sua maioria, jovens acendem a ponta do cotonete e inalavam a fumaça. O objeto, utilizado para higiene pessoal, principalmente na limpeza dos ouvidos, é formado por uma haste plástica e duas pontas de algodão.

“É uma coisa muito recente, então não deu tempo de conduzir estudos científicos mais apurados sobre o assunto. Mas, por princípio, a combustão, que gera a produção de fungos e fumaças, que vão ser inaladas pelos pulmões, sempre é potencialmente danosa, sempre, independentemente do material que vai ser submetido à queima”, diz o médico Claudio Luiz Ferraz, pneumologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Ele explica que o plástico, quando submetido a combustão, pode liberar substâncias que são comprovadamente danosas e cancerígenas. O algodão, por sua vez, causa uma doença já descrita há muito tempo.

“Existe um histórico de uma doença, a bissinose, que é uma condição causada pela inalação de partículas de fibras de algodão, [que acomete] principalmente trabalhadores da indústria do algodão, e costuma dar sintomas de chiado no peito, falta de ar. Sabemos que as fibras do algodão, quando inaladas, podem ser muito danosas aos pulmões”, conta Ferraz.

Em geral, ninguém deve fumar cotonete, com ênfase em pessoas alérgicas ou que tenham asma ou enfisema pulmonar, por exemplo. Os jovens, o principal público atingido por esses vídeos, devem ter atenção redobrada. Segundo Ferraz, essa faixa etária costuma ter mais alergias respiratórias, como rinite alérgica e asma, por exemplo, condições que podem deixá-los mais expostos a complicações. 

Prevenção

A principal atitude, obviamente, é parar de forma imediata com essa prática. No entanto, aqueles que já fizeram uso dela por um tempo devem procurar um especialista caso estejam com alguns sintomas persistentes.

Por fim, o pneumologista avisa que os pais devem ficar atentos aos comportamentos de risco dos jovens. “Se esses jovens estão tendo esse tipo de comportamento de risco, eles podem também participar de outros comportamentos de risco, como buscar outras drogas que fazem mal à saúde”, finaliza o pneumologista. Do R7

 

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