O câncer é uma das principais causas de óbito no mundo. Em Santa Catarina, a estimativa é que em 2023 existam 39.000 novos casos, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar da gravidade da doença, hábitos de vida saudáveis e o diagnóstico precoce podem ajudar a reduzir a mortalidade. Neste dia 4 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial do Câncer, uma oportunidade de disseminar informações sobre prevenção e diagnóstico precoce, que contribuem para o controle dos casos.
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“Quem tem câncer, tem pressa. Quanto mais cedo a doença for diagnostica, as chances de cura serão maiores. Como secretária da Saúde, estou trabalhando para que as leis federais, de minha autoria, que garantem mais agilidade no diagnóstico e tratamento contra o câncer sejam cumpridas”, destaca Carmen Zanotto.
Em Santa Catarina, a maior prevalência de casos entre homens é o câncer de próstata, com estimativa de 1.700 casos em 2023. Entre as mulheres, é o câncer de mama, com previsão de 3.860. Neoplasias de cólon e reto, com 2.470 novos casos estimados, aparecem como as de maior incidência entre ambos os sexos, de acordo com dados do INCA.
De acordo com o diretor-geral do Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), Marcelo Zanchet, o câncer é uma doença com múltiplos fatores. Hábitos saudáveis reduzem os riscos da doença, como uma dieta equilibrada e uma rotina de atividades físicas. Por outro lado, o abuso do álcool e fumo estão entre os fatores associados ao aumento da incidência da doença. O tabagismo é hoje a principal causa evitável de câncer. Outro aspecto importante é a prevenção ao HPV (doenças sexualmente transmissíveis), vírus que está associado ao câncer de colo de útero e outras neoplasias de cabeça e pescoço. “Um estilo de vida saudável colabora para a prevenção da doença. Também é importante o diagnóstico precoce, que amplia as chances de sobrevida do paciente”, afirma.
Pesquisa e novas formas de tratamento
A gerente médica do CEPON, Dra Mary Anne Taves, afirma que o SUS disponibiliza o tratamento contra o câncer de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde. Porém, a indústria farmacêutica vem conquistando grandes avanços com novas drogas e tecnologias de maneira acelerada. “O CEPON mantém iniciativas que podem contemplar casos específicos de grupos de pacientes com alguns novos medicamentos em fase de Pesquisa Clínica”, afirma.
O Departamento de Ensino e Pesquisa do CEPON, setor que é responsável pelo serviço de Residência Médica e pelas Pesquisas Clínicas da entidade, conduz atualmente 25 estudos clínicos nas áreas de oncologia e hematologia. A médica oncologista Yeni Verônica Nerón é responsável pelo Serviço de Pesquisa Clínica da instituição. Ela atua no CEPON há 25 anos e iniciou os trabalhos de pesquisa clínica na unidade em 2004. Por Pelo Estado