Após anos de espera, finalmente vai ser construída a área de escape na rodovia BR-480, no Distrito do Goio-Ên, junto a ponte do Rio Uruguai, em Chapecó (SC) A garantia foi dada pelo coordenador regional de Infraestrutura Oeste, Gilberto Ari Tomasi (foto). Ele disse que o espaço rodoviário de contenção “vai se transformar em realidade”, no Programa Marco Zero, da Rádio Cidade FM. O Governo do Estado sinalizou positivamente e “existe garantia para a implantação da tão esperada área de segurança”.
Ainda não existe prazo determinado para o início da obra que, devido a localização, exige uma imponente estrutura de engenharia. A pista de fuga é viabilizada pelo Programa Estrada Boa do Governo de Santa Catarina. A maior dificuldade é o paredão de rocha ao lado direito, sentido RS, que requer explosões para gerar o espaço de contenção. Para facilitar a construção da rampa de fuga emergencial existe proposta colocando a cama de proteção no meio da rodovia, contornada pelas pistas de rolamento. Neste caso, ao final, existiria o necessário acesso à saída de caminhões que dela precisarem fazer uso.
Surgida nos Estados Unidos entre as décadas de 1950 e 1960, a barreira de contenção composta por pedregulho, cascalho, brita, areia e outros tipos de materiais, é um dispositivo de segurança. Com ajuda da gravidade, desacelera severamente e “prende” o veículo descontrolado ao chão, fazendo-o parar. Evita maiores consequências dos acidentes em estradas, causados por caminhão desgovernado em função do comprometimento do sistema de frenagem por superaquecimento, excesso de velocidade, problemas mecânicos, mal estar do motorista entre outros motivos. Chapecó será um dos poucos municípios brasileiros contemplados por este artifício que ajuda a elevar a segurança, principalmente a caminhões e ônibus, protegendo e salvando vidas.
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Em evolução – O sistema rodoviário estadual do Oeste “ainda é decadente”. Porém, o coordenador assegura que “encontra-se em acelerado processo evolutivo” tanto em recuperação como em construção de novas rodovias. Na época da implantação das estradas asfaltadas as exigências eram menores. Hoje a realidade é outra porque a tonelagem de produtos transportados é muito superior “comprometendo, com maior velocidade, a base dos trechos rodoviários.
Tomasi citou que, exceto a permanente manutenção, novas rodovias estaduais estão sendo implantadas. Uma é a SC 156 ligando São Domingos ao Paraná. Outra a SC 350 trecho Passos Maia/Abelardo Luz. O maior gargalo entre os 38 municípios da regional, por exigir ostensiva manutenção, é a SC 283. A rodovia, com mais de 230 km de superfície, liga Concórdia a Itapiranga. Trechos então sendo licitados ou já sendo restaurados. É o caso da extensão Concordia a Arabutã. Deste, até Seara a licitação deu deserta (nenhuma empresa se habilitou) e de Seara a Arvoredo a obra inicia nos próximos dias com investimentos de R$ 136 milhões.
Mesmo pertencendo a coordenadoria de São Miguel do Oeste, a já iniciada reparação do trecho Água de Chapecó/Palmitos, foi assumida pela infraestrutura de Chapecó. São 21 km que consumirão investimentos de R$ 83 milhões. O prazo de conclusão era de 2 anos, mas baixou para 10 meses. Vários outros blocos rodoviários da regional já foram totalmente recompostos, permitindo tráfego seguro e de qualidade.
