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Autor da morte de Ana Júlia é condenado a mais 34 anos de prisão

Chegou ao fim nesta quarta (4), o julgamento de Lucas de Oliveira, no Fórum Nereu Ramos, em Lages (SC). Considerado culpado pelo assassinato de sua ex-namorada, Ana Julia dos Santos Floriano, o réu foi condenado a 34 anos, 4 meses e 25 dias de reclusão, sem poder recorrer em liberdade. O crime que chocou a comunidade de lageana e região ocorreu há mais de três anos, em 16 de junho de 2021, dentro do apartamento da vítima. AS informações são do portal SCC10.

A jovem foi assassinada com três tiros de arma de fogo. Uma das provas do crime são  imagens das câmeras de videomonitoramento da região, que flagraram o réu a caminho do apartamento da vítima, caminhando com as mãos nos bolsos e minutos depois retornando correndo, ainda com uma das mãos no bolso.

Durante o julgamento, Lucas confessou ser o autor do crime, admitindo ter matado Ana Julia com uma arma calibre .38. No depoimento, ele disse estar arrependido e pediu perdão à família da vítima, embora tenha tentado justificar suas ações dizendo que a vítima teria iniciado a agressão e ameaçado destruir seus pertences.

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A mãe de Ana Julia, Raquel Batista dos Santos, também prestou depoimento, descrevendo o relacionamento da filha com o réu. Ela relatou episódios de violência, incluindo outro momento em que Lucas chegou a ameaçar a vítima com uma arma. “Eu revivo aquele dia todos os dias”, afirmou, destacando o medo que a filha sentia em relação ao acusado.

O júri, composto por sete jurados, considerou Lucas culpado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, feminicídio, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de aborto provocado por terceiro, uma vez que Ana Julia estava grávida de quase três meses no momento de sua morte.

A sentença foi proferida após o depoimento de várias testemunhas, incluindo uma amiga próxima da vítima, que estava presente no apartamento no dia do crime e testemunhou Ana Julia nos últimos momentos de vida.

A Promotora de Justiça que conduziu a acusação, Rafaela Povoas Cardozo Lehmann, afirma que está satisfeita com o resultado:

“Todas as teses do Ministério Público foram acolhidas, todas as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de aborto. Infelizmente nada vai trazer Ana Julia de volta, mas pelo menos aqui dentro a justiça foi feita, essa é uma sensação de justiça feita.”, afirmou a Promotora.

Do SCC10/SBT

 

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