DestaqueEventos

Alfa recebe cooperativas do agro brasileiro

A Cooperalfa de Chapecó (SC), foi sede do evento de encerramento do terceiro módulo do programa de relacionamento Bayer Coopera+ Transformação 2024, com a participação de 85 líderes de 38 cooperativas do agro brasileiro. O encontro ocorreu na última terça (8). “Esse grupo vem transformando a agricultura do Brasil e o nosso objetivo é somar frente aos desafios do crescimento rápido do mercado do cooperativismo no setor”, declarou Eric Kersul, líder de negócios Bayer CP Unit Sul.
Pela manhã, no auditório da matriz Alfa, a Direção Executiva apresentou o case da cooperativa e tirou dúvidas dos participantes com relação as suas atividades de negócios e estratégias de mercado.  O presidente Romeo Bet enalteceu a parceria Alfa e Bayer e disse que juntos somam-se forças na busca da agregação de valor aos negócios dos cooperados, os verdadeiros donos da cooperativa. “A Alfa está de portas abertas para a inovação e desenvolvimento de tecnologias que dão sustentação às famílias associadas”.
O 1º vice-presidente da Cooperalfa, Cládis Jorge Furlanetto, apresentou a distribuição das receitas da cooperativa, por área de negócio, e destacou a diversificação como um importante modelo de sustentação econômica. “Para 2025 a meta é atingir a marca dos R$ 10 bi de faturamento”. O 2º vice Edilamar Wons apresentou os principais fatos históricos de incorporações, que marcaram a expansão da cooperativa para novas regiões, falou da estrutura atual e dos programas educacionais e de desenvolvimento cooperativista, como Alfa Mulher e Alfa Jovem. “Completamos dia 29 de outubro 57 anos de Cooperalfa, com um quadro de 22.907 famílias associadas e 4.260 colaboradores”.

✅ Quer receber informações no seu celular: Clique AQUI e receba NOTÍCIAS EM SEU WHATSAPP

Estratégias e Negócios no Agro Brasileiro e nas Cooperativas 

O evento de encerramento do último Módulo do Programa Transformação foi marcado pela palestra magna com o professor do INSPER, Marcos Jank, trazendo um panorama geral sobre tudo que vimos de mercado até agora e suas perspectivas para o agronegócio. Ele iniciou a sua apresentação enaltecendo a Alfa e o seu posicionamento de destaque entre as maiores cooperativas do Brasil. “Contribuindo para o movimento da proteína, que nos torna competitivos globalmente”.
Jank mencionou a complexidade do mercado global e lembrou que “apesar de estarmos aqui no interior, o nosso cliente está na Ásia e cada vez mais dependemos do cliente internacional”. Ele também explicou a volatilidade dos preços das commodities agrícolas, de modo especial a partir de 2020, influenciados pelos efeitos mundiais da pandemia, guerras, clima, inflação e geopolítica. Aliás, observou o palestrante, o clima é uma surpresa permanente e protagonista no movimento da montanha russa dos preços dos alimentos. Sobre a baixa acentuada dos preços dos grãos, Jank explicou: estamos voltando a normalidade do mercado, desarranjando o mercado do agro.
Apesar dos fatores depreciativos sofridos pelo setor nos últimos anos, existe forte otimismo com relação ao agro brasileiro. Afinal, segundo Marcos Junk, “temos” crescimento da produtividade total dos fatores (PTF) acima da média global – atuais 3.4%. “Crescemos mais que o dobro do que cresce os Estados Unidos”. E, conforme explica o painelista, o que eleva o PTF do Brasil são as melhorias feitas ao longo dos anos, como o Plantio Direto, a segunda safra, a integração lavoura-pecuária e os bioinsumos. E a cooperativa vai construindo um sistema que atende toda a cadeia produtiva. “Hoje temos produtores de sistema integrado de produção agropecuária, voltado para a exportação, o que permite a Cooperalfa buscar um faturamento de R$ 10 bilhões em 2025”, observou.
O Brasil é o terceiro maior exportador do mundo e a China é o “nosso” maior cliente. Diante disso, defende o professor Marcos, é necessário diminuir essa dependência e buscar novas oportunidades, como Índia e Ásia que estão crescendo bem. “As cooperativas, por meio da intercooperação, precisam se organizar, criar uma coordenação para lidar com o mundo e chegar lá”.

Pontos fortes e desafios das cooperativas

Entre os pontos fortes das cooperativas, apontados pelo professor Junk, estão a proximidade do produtor (maior ativo), agregação de valor via insumos, processamento e comercialização, escala e volumes crescentes, estruturas enxutas e focadas. E os principais desafios apontados pelo professor estão a melhoria do entendimento do universo além dos importadores e a melhoria da cooperação entre cooperativas, para ampliar os negócios.
Durante a palestra magna também ganhou destaque a importância do fortalecimento da imagem do cooperativismo e seu papel no desenvolvimento das pessoas. Segundo o palestrante, o social é importante na construção da imagem. “Muitos pequenos produtores só sobrevivem graças as cooperativas”, pontuou.
Para o coordenador da pasta de defensivos da Alfa, Júnior Piccini, do departamento comercial, a palestra magna do evento foi enriquecedora sobre estratégias e negócios no agro brasileiro e nas cooperativas. “Nos proporcionou ferramentas essenciais para enfrentarmos os desafios do setor”, declarou.

Painel dos colaboradores Alfa

Ainda pela manhã, na programação o painel ‘Como gerar mais e melhores negócios no produtor’, com os colaboradores da cooperativa, que falaram dos processos das diferentes atividades econômicas. O gerente da loja agropecuária matriz, Moacir Mistura, falou da importância da preservação da essência Alfa/Aurora Coop, dos valores como honestidade e confiança nos negócios e do tratamento indistinto entre pequenos, médios e grandes produtores. O agrônomo Ferdinando Brustolin realçou o esforço da assistência técnica da Alfa no comprometimento com a Missão da cooperativa, de gerar valor ao agronegócio, por meio da cooperação.
“Buscamos entender o perfil e a necessidade de cada cooperado e oferecer a solução mais acertada”. O coordenador agrícola, Claudiney Turmina, destacou que na Alfa os técnicos que atendem os produtores nas propriedades não recebem comissão e isso se torna um importante diferencial para o produtor, pois ele só adquire aquilo que efetivamente pode lhe trazer resultados. “A venda é uma consequência dos serviços prestados pela consultoria técnica”. O coordenador comercial de fertilizantes, Leonardo Ferronato, falou das oportunidades geradas a partir da expansão da cooperativa para novas áreas. “Nossa carteira de grandes produtores aumentou e isso nos motiva a crescer igualmente nas estratégias de vendas, com modelos de negócios adequados para os diferentes perfis de consumidores”.

Visitas na parte da tarde

Na parte da tarde, do dia 8, o grupo visitou a Indústria de óleo de soja da Linha Tomazelli, em Chapécó-SC, e a Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS), de Xanxerê-SC. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto o funcionamento dessas duas unidades. E a noite, o jantar de encerramento do Transformação Módulo III, foi na sede da AARA, em Chapecó.

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios