A importância da implantação do ramal da Ferroeste entre Cascavel e Chapecó foi a principal pauta do presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Lenoir Broch, em Brasília, nesta semana. Ele e o vice-presidente Regional do Oeste da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Milvo Zancanaro, visitaram deputados, senadores e ministros para defender pautas do estado e do Oeste.
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Entidades catarinenses patrocinaram o estudo que comprova a viabilidade de construção do ramal da ferrovia. Para estimular investidores a se interessarem pelo ramal Chapecó-Cascavel, a ACIC, CEC, Facisc, Faesc, Fiesc, Ocesc e Sindicarne, além da ABPA, desembolsaram R$ 750 mil para pagar o estudo de viabilidade econômica, técnica e ambiental. Em junho de 2022, o Governo do Estado do Paraná lançou a consulta ao edital de leilão da Nova Ferroeste. A linha férrea ligará Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no Paraná, com um ramal ao oeste de Santa Catarina. O ramal de Cascavel até o oeste catarinense terá 263 km de extensão, 18 túneis e 31 viadutos e pontes.
“O processo está andando e pelas informações que tivemos o leilão deve acontecer nos moldes que projetado. Essa é a nossa expectativa”, relata Broch. De acordo com o presidente da ACIC, essa é uma questão que precisa ser abordada com persistência para que ao longo dos anos possa obter êxito. “A ferrovia será um grande benefício para alavancar empreendimentos em toda a região devido à redução dos custos de transportes de todo o tipo de insumo”, enfatiza o presidente da ACIC.
A venda de produtos catarinenses para o mercado europeu foi pauta da visita na sede do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), que faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Segundo Zancanaro, faz parte do papel da Facisc e das associações empresariais darem subsídios para que as empresas possam abrir mercado para seus produtos. “Buscamos a parceria com a rede Enterprise Europe Network (EEN) para que empresas catarinenses sejam beneficiadas com incentivos da própria União Europeia, isso vai abrir portas para muitas empresas que querem vender seus produtos na Europa e não sabem como”.
Broch salienta que também foi abordada a possibilidade de uma missão europeia para a Mercoagro 2023, que ocorrerá entre os dias 12 e 15 de setembro, para que os importadores conheçam os produtos do Oeste. “Na Mercoagro também discutiremos a questão da infraestrutura, que envolve a ferrovia, no simpósio logístico do Codesul que acontecerá durante a feira”, expôs.
Outras pautas abordadas em Brasília foram a necessidade da reforma tributária e a BR-282. A ACIC defende uma reforma tributária completa, que simplifique e traga uma carga fiscal justa para as empresas. Da mesma forma, enfatiza a necessidade de manter a BR-282 em condições de segurança para o tráfego de pessoas e mercadorias. Construir terceira pista e duplicá-la são metas que a ACIC persegue há décadas.
“Foi uma viagem com uma pauta bastante produtiva, tivemos diversas reuniões e a oportunidade de conversar com parlamentares que defendem a necessidade do ramal da Ferroeste e também de outras demandas importantes para o desenvolvimento da região e de todo o estado”, conclui Broch. MB Comunicação