Uma turma com 27 alunos do 9º ano da Escola Básica Rui Barbosa, de Chapecó, visitou o fórum da comarca neste mês para conhecer, de perto, o funcionamento do Poder Judiciário catarinense. Os adolescentes também tiveram a oportunidade de assistir a parte do júri que ocorreu na última semana e, assim, presenciar a atuação de profissionais do Direito, área de interesse de alguns dos alunos. A visita deve render a simulação de um julgamento desempenhado pelos jovens, previsto para ocorrer em novembro.
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O grupo foi recebido pela chefe de secretaria do foro, Suzeli Scheffer Lucietto, que conduziu a visita pelos cartórios da 1ª Vara Criminal e da 3ª Vara Criminal e Execuções Penais, celas e salas de reconhecimento, além do gabinete da 1ª Vara Criminal – onde conheceram as etapas de um processo até chegar ao júri com a assessora de gabinete Tania Mara Turi Colpani. Em seguida, foram à sala de audiências, conheceram o salão do Tribunal do Júri e finalizaram com um lanche na sala de reuniões do fórum.
De acordo com o professor de História Alex Junior Rapczynski, que acompanhou a turma, a ideia partiu de um trabalho interdisciplinar de História, Ensino Religioso e Língua Portuguesa. Os temas em discussão eram os direitos, deveres, legislação, as Constituições do Brasil, criação de argumentação e sistema judiciário.
“E qual a melhor forma de entender o nosso sistema judiciário do que na prática? Assim, eles conseguem perceber como funciona, suas atribuições, suas competências, etc. Além disso, também atendemos a alunos que desejam, no futuro, atuar dentro do fórum como juízes, promotores, advogados e demais funções pertinentes”, conta o educador.
A partir do que viram, os alunos simularão uma sessão do Tribunal do Júri com base no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis. A história fala sobre o cuidador de um coronel muito doente. Em um dos ataques de fúria do idoso, o enfermeiro perde o controle e esgana o patrão. Ele até tenta reanimar a vítima, mas ela não resiste.
“Buscamos discussões éticas, morais e legais, onde os alunos vão interpretar os personagens que compõem um júri e terão que criar suas argumentações para o caso. É uma forma dinâmica e uma metodologia ativa para vermos o processo de ensino-aprendizagem dos nossos alunos”, complementa Rapczynski. A professora de Língua Portuguesa da turma, Cleide Trapp, também acompanhou a visita.