O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou nesta quarta (19) o envio da Força Nacional para o Ceará “a fim de proteger a população cearense, em razão de movimento paredista por parte das polícias estaduais do Ceará”.
O envio será feito nesta quinta (20), e o efetivo deve permanecer no estado por 30 dias, conforme portaria assinada por Sergio Moro.
“A operação terá o apoio logístico do órgão demandante, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública”, detalha a portaria.
O envio ocorre em meio ao motim de policiais militares que reivindicam aumento salarial. Um projeto que tramita na Assembleia Legislativa do Ceará aumento o salário de um soldado militar de R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil, em reajuste progressivo até 2022.
Um grupo de policiais insatisfeito com a proposta realiza desde terça (18) atos que a Secretaria da Segurança Pública do Ceará considera “motim” e “vandalismo”. Nesta quarta, o senador licenciado Cid Gomes foi baleado quando tentava entrar com uma retroescavadeira em um batalhão da Polícia Militar em Sobral.
Esse tipo de paralisação já foi considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2017, em votação no plenário da Corte por 7 votos a 3, os ministros declararam inconstitucional o direito de greve de servidores públicos de órgãos de segurança e decidiram proibir qualquer forma de paralisação nas carreiras policiais.
Moro já havia enviado tropas da Força Nacional para o Ceará em 2019, quando o estado sofreu uma onda de ataques criminosos organizados por facções criminosas. (Fonte G1).
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