
Foi no momento em que retirava a filha de um ano do banho que a gerente comercial Renata Viol de Barros, de 37 anos, avistou a aranha que media, segundo ela, tamanho “jamais visto antes” pela família.
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O aracnídeo estava no canto do espelho do banheiro do apartamento que fica no 8° andar de um prédio no bairro Buritis, área nobre da região Oeste de Belo Horizonte.
“Ela [a aranha] tinha praticamente o mesmo tamanho de uma mão adulta aberta”.
Preocupada com a possível infestação do aracnídeo na região, Renata publicou a foto no grupo de mensagens do condomínio para alertar as outras famílias. Uma das vizinhas, a administradora Flávia Prado, replicou as imagens em uma página do bairro e o assunto se tornou um dos mais comentados da cidade.
Após a divulgação na página de moradores do Buritis, outras pessoas também relataram que já encontraram aranhas parecidas em casa. “Hoje também recebi uma visitinha. Estava no banheiro”, comentou um morador ao responder a postagem com foto de outro aracnídeo.
Renata de Barros contata que viveu minutos de tensão com a família. Eles ligaram para o Corpo de Bombeiros e, ao passar as características por telefone, a atendente alertou para a chance de se tratar de uma aranha armadeira, uma das mais venenosas entre as que vivem no Brasil. Os agentes, no entanto, não realizavam a captura.
Renata tentou contratar uma empresa de dedetização, mas sem sucesso. A solução foi montar um “esquema de guerra” com o marido, o relações públicas Eduardo Barros, de 38 anos, para capturar o aracnídeo que, segundo Renata, era marrom, tinha pelos pelo corpo e patas dianteiras duplas.
“Pensamos em capturá-la e evitar matá-la, mas não era possível porque ela estava no alto. Tinha chances de ela pular em nós ou fugir. Fechamos todas as portas, meu parido pegou a vassoura e eu peguei um vidro de inceticida. Acertamos ela várias vezes e, ainda assim, não morria. Foi aterrorizante, mas tivemos que manter a calma e o sangue frio para não assustar a nossa filha que estava em casa”.
Riscos
A família ficou assustada com a presença do aracnídeo no apartamento localizado no oitavo andar. Renata e o marido acreditam que ele pode ter saído de uma mata próxima ao prédio ou de uma obra abandonada na região.
Após analisar as imagens, Richard Torres, pesquisador do setor de aracnologia do departamento de zoologia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) constatou que a aranha encontrada no local é da espécie Phoneutria sp. Ou seja, de fato, é uma armadeira, conforme previsto pelos bombeiros. Os reflexos da picada varia de pessoa para pessoa, mas pode ser mais grave em crianças.
“Existem apenas duas famílias de aranhas que não são venenosas. Temos que ficar em alerta com quatro grupos que são mais perigosos para os humanos: a armadeira, viúva-negra, aranha-marrom e caranguejeiras”.
Segundo especialistas, a picada de uma aranha armadeira pode causar dor, inchaço e vermelhidão na pele, além de poder provocar aceleração cardíaca, aumento de pressão, vômito e diarreias. Do R7