Polícia

Assassino confesso da sogra disse que ia matar também companheira e enteada: “alguma coisa travou ele”

Samuel da Silva Sousa, de 43 anos, suspeito de matar a sogra, Maria de Jesus Souza, de 68 anos, foi interrogado pela delegada Vanessa Alice, da Delegacia da Mulher, nesta quinta (21). Em depoimento, na Cadeia Pública de Paranaguá, onde está detido, o homem confessou que tinha intenção de matar também a companheira e a enteada, mas que “algo” o impediu.

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O suspeito foi preso no Litoral do Paraná na última terça (19), ao ser abordado em um patrulhamento de rotina da Polícia Militar. Em um primeiro momento, o homem mentiu o nome, mas acabou sendo identificado e levado para a delegacia de Paranaguá. Nesta quinta-feira, Souza foi interrogado e deu detalhes sobre o crime registrado no dia 9 de julho, na casa da companheira do suspeito, Edna, no bairro Tarumã, em Curitiba.

Maria, mãe de Edna, foi assassinada a facadas em um dos cômodos da residência. Além das duas, a filha de Edna, Mariana, e uma criança, filho de Mariana, estavam na casa. Conforme informações da delegada Vanessa Alice, Souza contou, friamente, que pretendia também matar Edna e Mariana. O depoimento durou cerca de meia hora.

Ele disse que ele ia matar as três. Que ele ia matar a vítima, a Edna e a Mariana, mas que a primeira foi a Maria de Jesus. Quando ele se dirigiu aos quartos das demais, aí ele disse que alguma coisa travou ele, que ele não conseguiu arrombar as portas, mas que a intenção era matar as três”, relatou a delegada

Ao questionar sobre como chegou até Paranaguá, o homem descreveu que ficou escondido em um local de consumo de drogas e que pegou carona até o Litoral com um caminhoneiro.

Ele estava aqui arrumando dinheiro para voltar para Curitiba, para terminar, para ‘fazer o que tinha que ser feito’, foi o termo que ele usou. Aí eu perguntei o que tinha que ser feito, porque no meu entendimento seria acabar com a vida da Edna e da Mariana. Ele disse ‘não, não, eu ia entrar em contato com a pastora para me entregar’. Mas ele é bastante frio, ele não demonstra arrependimento”,

disse Vanessa Alice.

Sobre a tipificação do crime, a delegada ainda disse que o caso é caracterizado como feminicídio. Souza disse que não levou a carteira da sogra. Ele afirmou que pegou o celular dela, pois o dele tinha sido quebrado pelas mulheres e levou algumas moedas da casa para poder se manter. “Confirmou feminicídio, a intenção não era o roubo, a intenção era matá-la mesmo. A Edna praticamente o mantinha, o que ele queria ela dava para ele, mas jogava isso na cara. Então ele se sentia humilhado com isso, e que elas é que causaram esse ódio dentro dele, que propiciou a morte da Maria de Jesus e que, por pouco, não causou a morte delas também”, disse a delegada. Ainda, o homem contou que jogou a faca usada no crime fora.

A neta de Maria, Mariana, afirmou estar com medo e apreensiva após o crime. “A primeira coisa que ele vai querer fazer, se ele sair, é vir atrás da gente”, desabafou. Ainda, a mulher contou que não aprovava o relacionamento da mãe com Souza e disse que seu quarto estava destrancado, que poderia ter sido assassinada após a avó. “É Deus, eu acredito muito, a minha vó deu a vida dela pela minha, porque a minha porta estava aberta, eu estava com o meu filho, deitada, dormindo”. Da RIC Mais 

 

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