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Associação Catarinense de Oftalmologia alerta para risco de saúde pública na realização de “mutirões de cirurgias”

Com o avanço da pandemia de Covid-19 pelo país, as medidas de isolamento social se tornam fundamentais para o controle da transmissão do vírus – especialmente entre idosos, principal grupo de risco. A preocupação com a saúde pública afetou também a realização de cirurgias eletivas, conforme recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de abril.

A Associação Catarinense de Oftalmologia alerta a sociedade que, dado o momento de expansão da pandemia, especialmente na região Oeste do Estado, a realização dos mutirões de cirurgias oftalmológicas (como catarata), pode elevar os casos de contaminação pela Covid-19. A situação se agrava em função do perfil dos pacientes destes procedimentos, a grande maioria idosos.

Nos últimos dias, a região Oeste se tornou o principal epicentro do novo coronavírus em Santa Catarina: somente nas cidades de Chapecó e Concórdia, que lideram o número de casos da doença, foram registradas 2 mil notificações, de acordo com dados do Governo do Estado.

Justamente neste cenário preocupante, algumas cidades estão retomando mutirões de cirurgia, como é o caso de um hospital em Iporã do Oeste, que prevê o atendimento a mais de 800 pessoas nos próximos dias. Outro fator preocupante para a entidade é o deslocamento de moradores de outras cidades para a realização de cirurgias: como há casos de Covid-19 nos municípios vizinhos, há risco de transmissão e contaminação em função das viagens para a realização das cirurgias.

Ainda que a Secretaria Estadual de Saúde tenha liberado a retomada parcial das cirurgias eletivas no final de maio em Santa Catarina, a Associação Catarinense de Oftalmologia recomenda o cancelamento destes mutirões em função do risco de saúde pública, já que os pacientes não correm risco de perda de visão no curto e no médio prazo. Enquanto os casos de Covid-19 seguem em expansão no estado, a entidade recomenda apenas a realização de cirurgias eletivas que sigam todos os protocolos sanitários e de isolamento social, ou casos emergenciais como cirurgias de glaucoma, descolamentos de retina, hemorragias vítreas e traumatismos oculares. (Fabiana Henrique/Casa de la Gracia Comunica).

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