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Baixo desempenho escolar pode estar relacionado a problemas de visão

Com a volta às aulas é importante a atenção redobrada dos pais no desempenho escolar dos filhos, principalmente das crianças que apresentam baixo rendimento. Falta de interesse ou notas baixas nem sempre são sinais de preguiça ou problema de aprendizado, eles podem estar relacionados a doenças oculares.

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Conforme o Ministério da Saúde, 30% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de problema de visão. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia reforça que de 3% a 10%, com idades entre 7 e 10 anos, precisam usar óculos. Diante destes dados estatísticos, a Sociedade Catarinense de Oftalmologia chama atenção para comportamentos mais corriqueiros do dia a dia das crianças e que podem indicar algum problema ocular:

1 – Baixo rendimento escolar devido a criança não enxergar o quadro ou fazer leitura de forma clara impedindo o aprendizado;

2 – Coçar os olhos constantemente pode ser um indicativo que há algo errado com a visão da criança;

3 – Dores de cabeça devido a criança forçar os olhos para enxergar melhor;

4 – Aproximação de objetos para enxergar melhor como livros, brinquedos e a tela da TV;
5 – Sensibilidade nos olhos e incômodo em ambientes com muita claridade.

O oftalmologista e presidente da Sociedade Catarinense de Oftalmologia, Ayrton Ramos ressalta que ao perceber alguns dos comportamentos acima, a orientação é buscar um médico especialista. “Por meio da avaliação de um oftalmologista é possível identificar se realmente existe algum problema, como hipermetropia, astigmatismo ou miopia, por exemplo. Tais doenças provocam embaçamento ou turvação nos olhos, dificultando a visão, além de dor de cabeça e olhos cansados, por causa do esforço na tentativa de enxergar melhor”, explica o médico.

Ramos ressalta que dependendo da idade da criança e do diagnóstico, o tratamento para correção do problema ocular pode ser realizado com uso de tampão, colírio, óculos ou cirurgia. “Para cada situação apresentada é indicado um tratamento adequado. A orientação é que quanto mais cedo for iniciado, maiores as chances de recuperação”.

O médico também reforça a importância do acompanhamento oftalmológico desde o nascimento da criança, por meio do teste do olhinho, e se este for normal, a realização de consulta a cada seis meses, durante os primeiros dois anos de vida. “Algumas doenças podem surgir já na primeira infância e quando não identificadas e tratadas precocemente podem atrapalhar o aprendizado das crianças, por isso, esse alerta aos pais”, recomenda.

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