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Chapecó incentiva adoção tardia

A quarta edição do encontro de pretendentes com crianças e adolescentes aptos à adoção, realizado na comarca de Chapecó, já começa a colher bons resultados. O departamento de Serviço Social do fórum possui nove, dos 11 participantes, encaminhados com possibilidade real de adoção. Destes, cinco já estão em estágio de convivência com suas famílias – um grupo de três irmãos e dois adolescentes de 12 anos. Os demais estão em aproximação, em evolução satisfatória para futura adoção. O encontro é uma iniciativa voluntária de assistentes sociais e psicólogas da comarca, pioneira no estado.

Participaram aproximadamente 30 casais e solteiros habilitados e 11 acolhidos com idades entre cinco e 17 anos. Os convites foram feitos a partir do perfil dos pretendentes habilitados que buscam a adoção tardia (acima de 5 anos) e as crianças e adolescentes que manifestavam vontade de ter uma família, não tinham pretendentes compatíveis com seu perfil nos cadastros e já estavam juridicamente desvinculados das famílias biológicas. O encontro tem ocorrido anualmente, desde 2016. No ano passado, quatro adoções foram efetivadas, inclusive a de um adolescente de 16 anos de idade.

Antes do encontro, foi realizado um momento de preparação para os pretendentes, junto ao grupo de apoio à adoção tardia, sob responsabilidade do psicólogo William Lima, em parceria com a equipe técnica forense. Dessa forma, os pretendentes foram preparados para interagir com as crianças e adolescentes mas evitar criar expectativas ou situações que pudessem atrapalhar a vinculação.

Neste ano, os futuros pais vieram de municípios das comarcas de Chapecó, Pinhalzinho e Xanxerê. Os futuros filhos vieram das comarcas de Chapecó e Abelardo Luz. Num primeiro momento, todos participaram de uma atividade de apresentação e integração preparada especialmente pelos profissionais que atuam diariamente com essas crianças e adolescentes nos serviços de acolhimento. Depois do lanche, os pretendentes puderam conversar à vontade com os pequenos e com os já crescidinhos para descobrir as afinidades entre si.

Adoção tardia           

Algumas das crianças e adolescentes estão há mais de cinco anos acolhidos em abrigo institucional ou casas lares, na espera por uma nova família. A assistente social da comarca de Chapecó, Vera Lucia Sistherenn, lembra dos sonhos que algumas crianças revelaram. “O maior desejo delas é ter carinho, poder passear e abraçar, além de ter alguém para dizer ‘Eu te amo!’. Estamos buscando possibilitar que essas crianças tenham alguém para chamar de ‘pai e/ou mãe’. Assim, o direito delas a conviver em família será efetivado”.

Hoje, a comarca Chapecó tem cerca de 50 crianças e adolescentes acolhidos com processos em tramitação. Eles tanto poderão ser reintegrados em suas famílias biológicas, extensas ou em família substituta na modalidade adoção.

O encontro de pretendentes foi organizado pelo setor de Serviço Social e Psicologia do fórum da comarca de Chapecó e pelas equipes dos Serviços de Acolhimento Familiar e Institucional do município de Chapecó, vinculadas à Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Chapecó. Participaram ainda a juíza Surami Juliana dos Santos Heerdt, titular da Vara da Infância e Juventude da comarca, e a promotora de Justiça Vânia Augusta Cella Piazza.​ (Informações TJSC/Núcleo de Comunicação Institucional/Oeste).

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