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Condenado por estupro, Robinho assume adeus ao futebol

“Não publico minha vida na internet e vocês continuam falando de mim.

“Tem muitas pessoas querendo dar entrevista, aparecem só quero que vocês me deixem em paz.

“Não tem nenhum personagem mais importante para vocês falarem”?

Essa foi a primeira reação pública de Robinho, condenado a nove anos de prisão, na Itália, por estupro.

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O primeiro jogador da história da Seleção Brasileira e do Santos a ser julgado e condenado por abuso sexual segue livre no Brasil, como previam especialistas em justiça internacional.

Apesar de sua condenação definitiva, no dia 19 de janeiro, ele segue desfrutando sua vida de milionário em Santos. Com direito a seguir na sua mansão, em condomínio fechado. Jogar futevôlei com amigos na praia.

E a dar entrevistas nas dependências do Santos, como se nada tivesse acontecido, na noite de 22 de janeiro de 2013. Quando, de acordo com a justiça italiana, ele participou de um estupro coletivo a uma mulher que completava 23 anos, na boate Sió Café, em Milão. Ele e mais quatro amigos.

Robinho não está preso na Itália porque o Brasil não extradita pessoas que nascem neste país, por crimes que cometeram no Exterior. Mesmo condenados.

O jogador só não pode sair do país, porque seu nome consta na lista da Interpol (Organização Criminal de Polícia Internaciona). Na lista de mais de 181 países, o nome Robson de Souza consta como condenado a nove anos por estupro coletivo. Ou seja, se o ex-atacante da Seleção e do Santos for para um destes países, será preso.

Não há recurso, porque ele foi condenado na última instância.

As declarações raivosas que ele deu para o site UOL mostra seu desconforto.

De acordo com amigos do ex-jogador, Robinho pretende levar sua vida normalmente no Brasil. Inclusive se dedicando a acompanhar a carreira do filho Robson de Souza Júnior, que tem 14 anos e assinou contrato de formação com o Santos, no dia primeiro de junho.

Ele vem treinando no sub-14. A contratação foi aprovada pelo Comitê Gestor do Santos. Aliás, a diretoria santista tem permitido que Robinho não só acompanhe aos treinamentos do filho, como também use as dependências do clube para gravações particulares.

A diretoria de Andrés Rueda age como se não houvesse nada de errado.

Ao menos, aos 38 anos, Robinho confirmou que não jogará mais profissionalmente. Por conta de uma previsível pressão da mídia, da população em geral sobre os patrocinadores do clube que tentasse contratá-lo. Foi o que aconteceu no Santos.

Apesar do ex-presidente Orlando Rollo abrir as portas da Vila Belmiro para que voltasse a jogar, em 2020, mas os patrocinadores ameaçaram deixar o clube e a volta não aconteceu.

O vazamento das escutas que a polícia italiana colocou no carro do jogador, e que acabaram como provas de sua condenação, foram chocantes demais para a opinião pública. Seu desprezo à mulher estuprada ficou evidente.

“Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu…”

O diálogo de Robinho com o músico Jairo Chagas, no camarim onde aconteceu o estupro, também é repugnante.

Mas não há sequer o pedido formal da Justiça Italiana, para que o Brasil avalie a possibilidade de o ex-jogador passe nove anos em uma cadeia por aqui.

Sem o pedido, para a Justiça Brasileira é como se nada tivesse acontecido.

Enquanto isso, Robinho aproveita sua vida, graças ao muito dinheiro que ganhou como jogador de destaque mundial. Do R7 Esportes

 

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