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Consumidores chapecoenses seguem menos confiantes

A confiança dos consumidores chapecoenses segue em redução neste mês, após também ter regredido em agosto. Isso é o que mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), levantado em conjunto pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e pela área de Pesquisa e Estatística do Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom Pesquisas). Os dados mostram que o ICC diminuiu 5,63%, ao passar de 80,21 pontos para 75,70 pontos.

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 Realizada entre os dias 16 e 25 de agosto, a amostra foi composta por 150 participantes de diversas faixas etárias e classes de renda. A queda do índice foi puxada pelos chapecoenses homens (11,75%) e por consumidores com renda de até R$ 4.000,00 (5,70%). Apenas o grupo de mulheres apresentou variação positiva, de 5,55%.

Conforme a coordenação da pesquisa, a desconfiança dos consumidores pode estar ligada com dois fatores que afetam diretamente a renda dos consumidores: a crise hídrica, com a elevação no custo da energia, e o aumento no preço dos combustíveis. “O País enfrenta a pior crise hídrica dos últimos 91 anos e a falta de água obriga o governo a acionar as usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes, além de aumentar a importação de energia do Uruguai e da Argentina”, especifica o boletim do ICC.

A professora Cássia Heloisa Ternus, responsável pelo levantamento do ICC, destaca ainda o desempenho do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano. De acordo com a agência de classificação de risco Austin Rating, o Brasil apresentou queda 0,1% na produção interna bruta. “Esse resultado é, em partes, reflexo da instabilidade e insegurança que evidenciamos também no ICC chapecoense. Enquanto os consumidores não se sentirem confiantes, teremos resultados econômicos instáveis, logo o ICC fornece termômetro de como a economia irá se comportar.”

A pesquisa indica, ainda, queda no Índice de Expectativas de Consumo (IEC), em 9,27%, atingindo 74,21 pontos. “Essa redução revela que os consumidores estão menos confiantes em relação aos próximos anos, o que não é próspero para economia”, especifica o relatório. Já no Índice de Condições Econômicas (ICE) houve aumento de 0,63%, alcançando 78,12 pontos. Os resultados indicam que os consumidores estão mais confiantes com relação às suas finanças e às condições para aquisição de bens duráveis, se comparado ao mês de agosto, indica a coordenação da pesquisa.

Outros dados

A análise mostra, ainda, que a média da renda dos participantes é de R$ 4.557,41, indicando redução de 2,02% em comparação a agosto. Seguindo tendência contrária, as expectativas de gastos extras aumentaram de R$ 655,46 em agosto para R$ 856,91 neste mês, com o peso da inflação aumentando as perspectivas de gastos para os consumidores. As expectativas de gastos pela internet também se ampliaram, em 7,85%, chegando a R$ 410,97. Extra Comunica

 

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