No oeste do Estado, quatro sessões de Tribunal do Júri marcaram estes últimos dias do mês de agosto (26 e 27). Os julgamentos iniciaram na parte da manhã e os debates se estenderam até o final da tarde. Em todos os casos, os réus, que já estavam presos, foram condenados.
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Crime sob a iluminação natalina em Pinhalzinho
Na comarca de Pinhalzinho, a sessão iniciou às 8h. O acusado respondeu por homicídio ocorrido na Praça Central do município de Nova Erechim, no dia 2 de dezembro de 2018, durante inauguração da iluminação natalina. O réu foi condenado por homicídio privilegiado a cinco anos de prisão, em regime aberto, em decorrência da aplicação de detração relativa ao tempo de prisão provisória no processo (cerca de dois anos e oito meses).
De acordo com a denúncia, ele desferiu um golpe com instrumento cortante, não apreendido, no pescoço da vítima que foi surpreendida pelas costas. O atingido ficou tetraplégico. Dez meses depois, a vítima faleceu por complicações oriundas da tetraplegia. O crime foi motivado por danos registrados na motocicleta do agressor, três meses antes do ocorrido, por ele imputados à vítima. O juiz Caio Lemgruber Taborda presidiu os trabalhos (Autos número 0001351-85.2018.8.24.0049).
Bebedeira tem fim trágico com assassinato entre amigos
Também às 8h iniciou o júri na comarca de Chapecó. O réu recebeu pena de 18 anos e oito meses de reclusão, por homicídio, em regime fechado. Os jurados admitiram a qualificadora de motivo fútil. A sessão foi conduzida pelo juiz Jeferson Osvaldo Vieira.
O crime ocorreu em 24 de março de 2019, no bairro Jardim América, por volta de 19h. Acusado e vítima, bem como suas respectivas famílias, passaram o dia juntos e na hora de ir para casa, o réu estava sob efeito de bebida alcoólica. A vítima aconselhou o amigo a passar a noite em sua casa, já que a família do agressor era de outro município.
O acusado não levou em consideração o convite e arrancou com o veículo bruscamente. Mais uma vez a vítima chamou a atenção sobre o estado de embriaguez do motorista. O réu parou o veículo e dele saiu com uma faca para desferir cinco golpes na vítima. O agressor fugiu com a família em direção a Maravilha, mas foi preso em Pinhalzinho (Autos número 0002933-82.2019.8.24.0018).
Pai tentou matar filho que foi defender a mãe de agressões
Na comarca de São Miguel do Oeste, o julgamento de sexta-feira (26/8) ocorreu na sala de reuniões do fórum em virtude de o Salão do Tribunal do Júri estar em reforma. A sessão tratou de mais um caso de violência doméstica ocorrido no município sede. O réu tentou matar o filho por este defender a mãe das agressões do acusado. A vítima teve o pulmão esquerdo perfurado. O acusado foi sentenciado a um ano, 10 meses e seis dias de reclusão, em regime aberto. O juiz substituto Carlos Henrique Gutz Leite de Castro presidiu o julgamento.
O crime aconteceu no dia 22 de março de 2020. Segundo a denúncia, inconformado com a separação, o acusado foi até a casa da ex-companheira. Após agressões físicas, tentou jogar a mulher pela janela. A discussão ocorreu no segundo andar da residência. O filho maior do casal interviu e tentou expulsar o homem da casa. Foi quando o agressor desferiu um golpe de faca, do tipo utilizada em frigoríficos com dois fios, no lado esquerdo do tórax da vítima. O processo tramita em segredo de justiça.
Pai e filho são condenados por crimes com 31 facadas
Na comarca de Xanxerê, os trabalhos se estenderam por 17 horas e meia. A sessão iniciou na manhã de quinta-feira (26) e encerrou às 1h25 de sexta-feira (27). Pai e filho foram os acusados de tirar a vida da ex-companheira do rapaz e também pela tentativa de homicídio de outras duas pessoas. O filho foi condenado a 25 anos e quatro meses, em regime fechado. O pai teve a sentença de dois anos de reclusão, em regime aberto. Para ele, os jurados desclassificaram os crimes de tentativa de homicídio para lesão corporal. O júri foi presidido pela juíza Marisete Aparecida Turatto Pagnussatt.
Por volta de 8h25 do dia 30 de agosto de 2020 a mãe do acusado foi até a casa da vítima para buscar a neta. De acordo com o apurado durante o processo, quando a mulher abriu a porta, o réu (filho) entrou na residência e iniciou a agressão. A vítima foi atingida por oito golpes de faca que causaram a morte. O irmão dela tentou intervir e também foi atingido, pelo réu e seu pai, com 14 facadas. A companheira desta segunda vítima quis defender os feridos, mas também foi golpeada por nove vezes. O irmão e a cunhada foram socorridos e se recuperam das agressões. Assessoria de Imprensa/NCI