Conhecido pelo trabalho humanizado que realizou no período em que atuava como oficial de Justiça, Ricardo Fulgoni recentemente empossado como juiz federal de Bela Vita do Paraíso no Paraná, e só descobriu ser autista aos 35 anos.
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“Eu sempre vi o mundo muito estranho, muito diferente, coisa que era corriqueira para outras pessoas para mim não fazia muito sentido”, disse o juiz em entrevista ao Fala Brasil da Record TV.
Fulgoni decidiu estudar Direito, depois uma tragédia familiar: sua irmã, Priscila, foi vítima de feminicídio quando ele tinha apenas 19 anos. Diante da fatalidade, o juiz resolveu mudar o rumo de sua história e desenvolver novas melhorias no judiciário.
Segundo a reportagem do Fala Brasil, Ricardo veio de uma família humilde de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e sempre estudou em escolas públicas. O atual juiz sempre notou que ‘era diferente’ de outras pessoas.
“Não usava qualquer roupa, tinha que ser específica, tinha dificuldade com o barulho e luz forte”, explica Ricardo.
Durante a pandemia, Ricardo decidiu estudar para um concurso público de juiz, mas com o isolamento social e as dificuldades impostas pelo coronavírus, além das mudanças no calendário da prova, ele não ficou bem e decidiu procurar a ajuda de um médio. Aos 35 anos foi diagnosticado com autismo.
“Não tenho nenhuma vergonha de falar isso, eu sempre me vi com limitações que outras pessoas não tinham, e hoje faz sentido para mim, sou uma pessoa com deficiência, eu sou autista. No entanto, precisamos quebrar o paradigma de que a pessoa com deficiência é uma pessoa incapaz”.
“Deficiência não é incapacidade, a gente pode estar no mercado de trabalho, estudar, trabalhar, ter uma vida independente”, conclui o novo juiz, Ricardo Fulgoni. Do R7