“Que a região Oeste de Santa Catarina receba dos governos estadual e federal a contrapartida que merece e não tenhamos que, daqui a quatro anos, repetir este mesmo sentimento de desassistência.” É assim que o Centro Empresarial de Chapecó (CEC) encerra o documento “Eleições 2022 – Demandas do Setor Empresarial”, que foi elaborado para entrega aos candidatos que concorrem no pleito a ser realizado nos dias 2 e 30 de outubro.
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De acordo com o presidente da instituição, Ricardo Urbancic, o documento foi elaborado com oito macro demandas aos candidatos ao Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, Senado Federal e Presidência da República. Acrescenta que é fruto de anseios das 16 entidades e sindicatos congregados no Centro Empresarial, representativos da agropecuária, comércio, indústria e prestação de serviços em 110 municípios do Oeste Catarinense.
O documento inicia com a lembrança de que a região Oeste de Santa Catarina, apesar de ser uma das mais produtivas e socialmente bem organizadas do Brasil, se ressente de ser atendida em demandas que há décadas vêm sendo expressas às autoridades nos mais variados escalões. “A cada eleição há necessidades que são destacadas para os candidatos, mas, muitos deles, quando eleitos, não adotam o afinco almejado para a resolução.” Argumenta que necessidades estratégicas do setor produtivo e da população em geral são fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico regional. “Não devem, portanto, apenas servir para a discussão no período eleitoral”, afirma o CEC.
AS OITO DEMANDAS GERAIS
Infraestrutura rodoviária – A região não pode mais ficar relegada no atendimento de suas necessidades, quase centenárias, de infraestrutura rodoviária, sejam elas de responsabilidade federal ou estadual, para atender ao grande fluxo de veículos leves e pesados e, principalmente, para que estejam sempre adequadas às condições de segurança viária. Por isso, é imprescindível atenção para: a manutenção e duplicação da BR-282; a revitalização completa das BRs-153, 158 e 163, inclusive com terceira faixa onde for necessário; e manutenção constante das estradas estaduais que atendem o Oeste, especialmente a revitalização da SC-283 em toda a sua extensão.
Ligação ferroviária – É urgente uma política governamental, através de estratégias da União e do Estado, quanto à ligação do Oeste de Santa Catarina com a malha ferroviária nacional, para que projetos públicos e privados contemplem o acesso com portos e regiões produtoras de insumos. O Oeste não pode continuar sem ramais ferroviários, para que seja possível, também por trens, a vinda de matéria-prima e o escoamento da produção regional.
Contorno Leste de Chapecó – Há mais de 40 anos o Contorno Viário Leste de Chapecó está em discussão e não sai de propostas eventuais, daí precisa de decisão efetiva do governo do Estado para ser construído e interligar a SC-480 (Chapecó/Goio-En) com a BR-282 (Cordilheira Alta) e concretizar mais uma parte do anel viário da cidade proposto há cinco décadas.
Energia elétrica – Diante do constante crescimento das atividades produtivas, bem como do incremento no volume de empresas instaladas e na expansão habitacional, é necessário constante cuidado em relação ao abastecimento de energia elétrica de forma eficiente, inclusive sem oscilações de tensão e quedas no fornecimento.
Gás natural – Como insumo que amplia a competitividade industrial, o gás natural não pode permanecer distante da região Oeste. Por isso, espera-se das autoridades medida justa e rápida para que ocorra a extensão do gasoduto que já atende boa parte do Estado.
Atenção à saúde – É incompreensível que medidas amplas de atenção à saúde pública decorram das necessidades emergenciais que afetam toda a população. As ações qualificadas devem ter caráter permanente para o condizente atendimento nas unidades públicas, e que essa mudança seja concretizada com maior valorização dos profissionais e a ampliação do investimento em equipamentos para bem atender.
Abastecimento de água – Mesmo diante dos projetos em andamento, é preciso maior atenção para o abastecimento de água. Os municípios do Oeste Catarinense não podem ficar à mercê das condições climáticas que ocasionam estiagens ou secas e geram transtornos imensuráveis às famílias e empresas.
Segurança pública – Há enorme descompasso entre a evolução gradativa da população e os investimentos nas forças policiais, o que leva à carência de efetivos e à constante falta de viaturas e outros equipamentos na maioria dos municípios. Assim, é premente um novo conceito em termos de consideração aos organismos de segurança pública, de forma compatível para melhor atenção às comunidades.
