Autodefensoria é um projeto conduzido pelas Apaes com a finalidade de dar voz e espaço aos alunos, mediante escolha trienal de um casal deles para que apresentem sugestões e ideias que garantam seus direitos. Para a escolha do casal de autodefensores da instituição no triênio 2020-2022, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Chapecó, promoveu eleição na última terça (12). Os vencedores foram João Paulo Pinheiro, com 34 votos, e Rosane Izabel Molinari, com 39 votos, e na suplência ficaram Marcos de Assis Soares, com 18 votos, e Roseli de Souza, com 30 votos.
O processo de votação foi realizado em duas etapas distintas, garantindo-se primeiramente a votação nas candidatas e depois nos candidatos. Foi eleito como titular o casal que obteve o maior número de votos e como suplente o casal que recebeu a segunda maior votação. Com a presença do presidente Leandro Ugolini e da diretora Nara Maria Valiati, as eleições foram conduzidas pela coordenadora local de Autodefensoria, Cristiane Possa.
A eleição foi realizada de forma informatizada, através do programa Apertaquem, que é uma urna eletrônica educativa para realizar simulações de eleição em ambientes escolares, exclusivamente. Essa urna tem as funções de cadastro de candidatos com foto, nome, informação adicional e número, utilização de webcam para capturar foto, impressão de relatório em PDF e botões confirma, branco e corrige.
Autogestão e autodefensoria
Conforme a diretora da Apae, para que os usuários concorressem ao cargo tiveram que seguir algumas exigências, como participar efetivamente do programa de autodefensoria e família, ser pessoa com deficiência intelectual e/ou múltipla ou com diagnóstico autista, saber ouvir os colegas e conhecer seus direitos e deveres. Nara Valiati cita, ainda, outras exigências: ser responsável; saber trabalhar em equipe; aceitar e entender sua deficiência; saber se expressar; ter consciência do papel de autodefensor; ser comprometido com o Movimento Apaeano; ter disponibilidade para viajar, participar de encontros e reuniões; saber respeitar a hierarquia; e ter perfil de liderança.
Os termos autogestão e autodefensoria, segundo a diretora da Apae, referem-se ao processo de autonomia e participação de pessoas com deficiência, engajando-se pessoalmente na luta pela defesa de seus direitos. Nesse sentido, eles tomam suas próprias decisões a respeito de suas vidas, utilizando voz e espaços para expressar suas ideias, desejos, expectativas e necessidades. (Informações Extra Comunica).