Os últimos registros de Jennifer, a mulher de 22 anos acusada de matar a própria filha e que foi encontrada morta em 22 de fevereiro uma cela da penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, mostram um depoimento que ela dá a uma juíza. Nas imagens, Jennifer narra o que aponta como a morte acidental da filha, Ísis Helena, de 1 ano e 10 meses, e afirma que escondeu o corpo dela por estar desesperada. O vídeo foi obtido com exclusividade pelo Cidade Alerta, da Record TV.
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No depoimento, Jennifer conta que pegou a menina na casa da avó paterna, onde passou o fim de semana. Ísis estava febril e a avó disse que medicou com oito gotas ibuprofeno. Jennifer combinou que manteria a medicação casos os sintomas persistissem. Foram dormir e, por volta de meia-noite, Jennifer percebeu que Ísis estava febril novamente. Deu o remédio e fez uma mamadeira para a filha.
Por volta das 6h, despertou. “Só que, quando eu acordei, eu vi ela naquela situação. E eu fiquei desesperada”, diz a mãe. Jennifer tentou reanimar a filha, mas não conseguiu. “Eu fiquei em pânico. Eu entrei em pânico, entrei em desespero. Na minha cabeça que eu ia morrer, que iam matar meu avô com a minha avó. É só isso que eu pensava”, desabafou. “Que iam falar que eu que tinha feito aquilo, sendo que eu não tinha feito aquilo. Sendo que eu sempre lutei pela vida da minha filha, desde que ela tava na minha barriga. Sempre lutei pela vida dela.”
Com a certeza de que a filha estava morta, Jennifer levou o outro filho para a creche, passou na casa da mãe, avó das crianças, pegou a moto e voltou pra casa. “Cheguei, coloquei ela na bolsa e fui em direção ao rio. E foi assim”.
A juíza questionou por que Jennifer não chamou alguém ou acionou o Samu, mas ela preferiu não responder. “Eu fiz de tudo pra que ela voltasse a respirar, mas ela já tava gelada. O pé já tava gelado. A mãozinha já tava gelada”, disse a jovem.
Laudos apontam que a mãe de Ísis Helena não se suicidou na penitenciária, como foi dito pelos agentes do local. Um áudio surpreendente também foi revelado. O Cidade Alerta segue acompanhando o caso.
Jennifer foi acusada de matar e ocultar o corpo da própria filha, Ísis Helena. Ela confessou ter participação no crime. Mas, nos últimos meses, revelou que vinha sendo ameaçada e iria contar quem mais estava envolvido no assassinato.
Além de ameaças, Jennifer sofria represálias dentro da penitenciária de Tremembé (SP). Em cartas trocadas com sua mãe, Roseli, ela contava que as agentes a chamavam de assassina de criança. A presidiária também relatou que iria denunciá-las e que uma reeducanda estava disposta a testemunhar a favor.
Jennifer estava cumprindo castigo quando foi achada morta. Roseli já havia dito que acreditava que a filha não cometeria suicídio, pois estava prestes a conseguir um habeas corpus. Ela comentou que haviam marcas no corpo que não pareciam comuns para um suicídio.
Agora, um laudo do Instituto Médico Legal aponta asfixia mecânica, um possível estrangulamento. Na penitenciária, a versão obtida é que ela havia se enforcado. Do R7