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Equipe escolhida por Lula para o governo de transição tem ex-ministros presos por corrupção

Luiz Inácio Lula da Silva escalou uma turma muito questionável para o governo de transição, como já era esperado. Ex-ministros e aliados, todos bem conhecidos por terem sido presos ou denunciados por corrupção. Entre eles, Guido Mantega, Paulo Bernardo, Paulo Okamotto e André Ceciliano.

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Uma reportagem do R7 lembra dos casos em que os citados acima, e que agora voltam para linha de frente de Lula na transição, tiveram sérios problemas com a Justiça.

Mantega era o homem do dinheiro do governo, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento e ex-presidente do BNDES. Agora compõe o grupo técnico de planejamento, orçamento e gestão. Preso em 2016 em uma das fases da Lava Jato, Mantega teria pedido um pagamento de R$ 5 milhões ao empresário Eike Batista. O valor seria para marqueteiros do PT quitarem dívida de campanha de Dilma Rousseff em 2010.

Ele acabou solto no mesmo dia, mas em 2018 virou réu na operação por corrupção e lavagem de dinheiro pela suposta edição de medidas provisórias para beneficiar empresas do grupo Odebrecht.  A denúncia mostra que a Odebrecht teria disponibilizado R$ 50 milhões a Mantega para que as MPs fossem assinadas. A investigação ainda não foi finalizada.

O ex-ministro também foi acusado de crimes na operação Zelotes. Em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) o denunciou por corrupção, advocacia administrativa tributária e lavagem de dinheiro por uma autuação tributária imposta ao grupo Cimento Penha no valor de R$ 57,7 milhões.

Paulo Bernardo

Para o grupo técnico de comunicação, Lula chamou Paulo Bernardo, outro ex-ministro denunciado e preso. Bernardo foi ministro de Planejamento e das Comunicações, que foi preso em 23 de junho de 2016 em uma operação que foi desdobramento na Lava Jato. Ele teria recebido ao menos R$ 7 milhões de um esquema de corrupção, segundo o MPF. Paulo Bernardo deixou a prisão seis dias depois.

De acordo com as denúncias, o esquema de repasses de propina vigorou durante cinco anos e começou depois que o Ministério do Planejamento contratou, em 2009, uma empresa terceirizada para controlar o sistema eletrônico do crédito consignado do Governo Federal.

As investigações revelaram que houve um direcionamento na contratação da empresa, que abriu mão do seu faturamento, direcionando pagamentos de cerca de 70% para corrupção. Em julho de 2016, a Polícia Federal enquadrou Paulo Bernardo por integrar organização criminosa e praticar corrupção passiva pelo envolvimento no esquema. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu o ex-ministro.

A defesa de Paulo Bernardo, negou as acusações.

Outro membro da equipe de transição é Paulo Okamotto, ex-presidente do Instituto Lula e do Sebrae. Em 2005, foi denunciado pelas CPIs dos Bingos e do Mensalão de ter pago uma dívida de R$ 30 mil de Lula e não declarar a origem desses recursos. O caso segue sem solução.

Além disso, em 2020, ele se tornou réu na Lava Jato, junto com Lula e o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, por uma suposta lavagem de R$ 4 milhões da Odebrecht ao Instituto Lula. A ação, no entanto, foi anulada pelo STF.

Durante a CPI dos Bingos no Senado, em 2015, Okamotto confirmou que pagou em dinheiro, junto à tesouraria do Partido dos Trabalhadores, a quantia de R$ 29.436,26 para cobrir despesas, principalmente com viagens e diárias ao exterior, realizadas em 2001 pelo então pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva e por sua então mulher, Marisa Letícia.

No grupo técnico de pequena empresa também estará o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano. Em 2021, ele foi investigado pela suspeita de rachadinha com ex-funcionários do gabinete dele pela movimentação suspeita de R$ 49 milhões, mas foi inocentado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

No mesmo ano, o Ministério Público informou que a movimentação fazia referência à quitação de uma dívida de um empresário que estava lotado no gabiente de Ceciliano. Do R7 em Brasília

 

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