Dados divulgados pelo Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom) indicam que pela primeira vez desde fevereiro deste ano há redução no endividamento da população, conforme resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o estudo revela que o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer reduziu para 78,5% em julho passado, abaixo do resultado de junho, mas ainda um pouco acima do que foi registrado em julho do ano passado, que foi de 78,1%.
O resultado revela que as famílias estão ficando mais cautelosas com o crédito, após estabilidade no mês de junho último, especifica o diretor executivo do Sicom, Almeri Dedonatto. Acrescenta que a posição de cautela também está no percentual de famílias com dívidas em atraso, que não teve alteração e permanece em 28,8%.
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Quanto à principal modalidade de dívida, o levantamento da CNC traz o cartão de crédito como o principal responsável, utilizado por 86% do total de devedores. Porém, o maior crescimento ficou por conta do financiamento imobiliário, com incremento de 1,4 ponto percentual, resultado do mercado de crédito com juros mais acessíveis. Desde fevereiro de 2022 foi o maior percentual desse tipo de dívida, 9,1%.
O percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso recuou para 11,9%, nível menor do que em junho. O levantamento apresenta que o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias teve incremento de 0,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior, chegando a 47,9% do total de endividados em julho, o maior percentual desde novembro de 2023, revelando que, apesar de não ter tido aumento do nível de contas atrasadas, esses atrasos estão perdurando por mais tempo.
