Enfim, a cúpula da CBF – Confederação Brasileira de Futebol parece mais aliviada. Com o título do campeonato Sul-Americano Sub-20, o técnico Ramon Menezes, 50 anos, assumirá em março, interinamente o comando da seleção brasileira principal. A informação é do colunista Cosme Rímoli, do R7.
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O presidente Ednaldo Rodrigues ganhou argumento imbatível para escolher o primeiro homem que comandará o Brasil, depois dos dois seguidos fracassos de Tite, nas Copas do Mundo da Rússia e do Catar.
Em um ou dois amistosos que a CBF ainda vai confirmar. Mas uma partida pelo menos ele assumirá. Como interino, guardando o lugar para o treinador estrangeiro que Ednaldo Rodrigues espera convencer a assumir a seleção, em junho.
Currículo fraco
Como jogador Ramon tem ótimo currículo. Venceu a Libertadores e o Brasileiro pelo Vasco, Copa do Brasil, pelo Cruzeiro e estaduais com o Vitória, Atlético Mineiro.
Mas, como treinador, não haveria defesa. Até mesmo como interino, mereceria todo questionamento. Sem história para comandar o único selecionado pentacampeão mundial.
Ramon ganhou apenas a série C, terceira divisão de Goiás, com o Assev. Foi rebaixado com o Joinville e Tombense. Especializou-se em clubes menores, como Anápolis, Guarani de Minas Gerais, Joinville, Tombense. Ficou de março a outubro de 2020 no Vasco. Apenas nove partidas no CRB, de Alagoas, entre novembro e dezembro, até ser demitido. Depois ficou de junho a agosto de 2021 comandando o Vitória por 16 partidas e foi dispensado.
Os indicativos é de que foi por influência política, relacionamentos com o presidente Ednaldo Rodrigues, que o levaram ao cargo de treinador da seleção Sub-20. Com bom trabalho conseguiu o título desejado de campeão Sub-20, neste domingo (12), na Colômbia. Derrotou os valentes e, algumas vezes, violentos uruguaios por 2 a 0. O time está classificado para o Mundial Sub-20, que acontecerá em maio, na Indonésia.
A conquista de Ramon ganha mais importância porque vários clubes se negaram a ceder jogadores importantes para o Sul-Americano. Flamengo, Palmeiras e Santos enfrentaram a CBF e não cederam Matheus França, Ângelo e Endrick. Victor Hugo, Giovanni, Beraldo, Marcos Leonardo e Matheus Martins também foram liberados por exigência de seus clubes. Da coluna de Cosme Rímoli / Do R7