Eram quase 13h de uma quarta-feira aparentemente normal de inverno, no bairro Seminário, em Chapecó (SC). Um homem carregava no colo sua filha, na época, com sete meses de idade e, no jardim de casa, se preparava para levar a filha mais velha para escola. De repente, a bebê foi atingida por uma bala que transfixou seu peito. O socorro rápido e eficiente possibilitou a recuperação da criança.
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A bala perdida teve origem de um carro em movimento, cujo caroneiro pretendia acertar o motorista de outro carro em movimento. Era 4 de agosto de 2021. O alvo não atingido estava em um relacionamento amoroso com a mulher com quem o motorista do veículo de onde saíram os tiros se envolveu no passado. Ele foi o mentor do crime.
Todas essas informações constam na denúncia do processo que foi a júri na última sexta-feira, 21/7, no fórum da comarca de Chapecó, no Oeste, quando o mandante foi julgado. O réu foi condenado a 14 anos, dois meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado. Ele está preso desde os fatos. Assim como o atirador contratado que foi condenado, em março deste ano, a 16 anos de reclusão.
Na ocasião, o idealizador do crime foi retirado da sessão, em que também era réu, para posterior exame de insanidade mental. Agora, com laudo atestando sua perfeita saúde mental, foi possível dar seguimento ao processo e, consequente, condenação. Ambos respondem por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Os dois júris foram conduzidos pela 1ª Vara Criminal da comarca de Chapecó.