Coluna PELO ESTADO

Independência do Brasil: reflexão sobre o cenário atual

Nesta segunda – 7 de setembro – se comemora os 198 anos do esperado “grito do Ipiranga” culminando na independência econômica e política do território do Brasil em relação à autoridade que Portugal exercia e vivemos o resultado desse fato até os dias atuais. Tais mudanças consistem nas relações internas e externas do país, na emancipação e visibilidade econômica que ganhamos.

Clique aqui e receba notícias de Chapecó e Região, do Brasil e do mundo pelo WhatsApp!

A comemoração, que seria com desfile pelas avenidas principais das cidades ou à frente do Palácio do Esplanada não vão acontecer porque estamos em um ano atípico, onde o isolamento social a fim de evitar aglomerações é a melhor forma de combater um vírus invisível que assolou o mundo inteiro, ceifando a vida de milhões de pessoas e comprometendo famílias, fazendo com que o sistema de saúde e a economia entrassem em crise, nos deixando o questionamento: somos de fato independentes?

Claro que o entendimento de independência de dois séculos atrás é totalmente diferente do atual, não se submeter mais às explorações  portuguesas representou uma enorme conquista, mas diante do cenário de pandemia e suas consequências sociais, será mesmo que o Brasil passa por uma crise de forma independente?

Atualmente, vivemos numa conjuntura de globalização e grande avanço tecnológico, de formação de blocos econômicos que possuem o objetivo de estreitar relações entre países a fim de garantir superávit em suas exportações e melhora da balança comercial. Interesses são postos em forma de conferências e reuniões, contudo, até que ponto o lucro de alguns grupos pode ser colocado acima da vida de milhões de pessoas, assim, o tratamento humano é questionado e já não temos tanta segurança se somos realmente independentes.

Nesse mesmo contexto, é fato notar que revoluções e mudanças políticas resultaram na melhora da qualidade de vida dos brasileiros, entretanto, onde está a independência do assalariado que precisa trabalhar pelo menos 6 meses por ano apenas para pagar impostos e ter o mínimo da dignidade da vida humana ou quando vemos milhares de mortos por falta de assistência básica de saúde e de saneamento?

A independência passou por uma transformação política, econômica e social do país lusitano, porém, ainda hoje vemos imposições econômicas de outros países, parcerias e guerras comerciais, ameaças e coação e precisamos disso para “se tornar desenvolvido”. O Brasil visto como um país subdesenvolvido ou ainda em “desenvolvimento”, enfrenta a dura realidade da submissão, da obrigação e exigência dos poderosos e esse fato se reflete na vida do brasileiro que paga altos impostos por serviços de baixa qualidade, por produtos que reproduzem ainda essa dominação colonial.

A situação da pandemia atual causada pela COVID-19 transparece isso, quando, apesar de haver estudos e pessoas engajadas na pesquisa, ainda dependemos da ciência e autonomia de outros países para termos uma esperança de cura. A submissão se reflete nas milhares de vidas perdidas por falta de medicamento adequado, por falta do mínimo de informação, além disso, ainda sofremos com a grave herança da corrupção em que temos que lidar com fraudes na própria saúde pública.

Estou fazendo a minha parte e contribuindo para que o Brasil seja de fato cada vez mais independente, captando recursos para ajudar os municípios a investirem em obras e ações que beneficiem os seus munícipes seja na agricultura, na saúde, na infraestrutura proporcionando qualidade de vida a eles; trabalhando pela reforma tributária para simplificar a carga e diminuir os tributos permitindo que o consumidor tenha acesso aos valores pagos e principalmente defendendo o fim dos privilégios para aqueles que ganham altos salários, estabelecendo também um teto.

As reformas que o Brasil tanto precisa passar está ligado a sua independência e autonomia e o combate a corrupção precisa avançar cada vez mais à exemplo da Lava Jato que veio passando o país a limpo. Proporcionar saúde, educação, saneamento básico e condições de vida nos levara a colher os frutos de um país independente e autônomo como se deve ser.

Por ora, vemos o vento balançar as bandeiras hasteadas rentes ao céu azul, soando os tambores das bandas marciais e trazendo a memória o nosso hino nacional e nós, demonstramos o nosso amor à pátria com gestos de cidadania, reverência e compromisso com o Brasil.

Por Celso Maldaner – Deputado Federal (MDBS/SC).

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios