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Inflação oficial deve manter alta e se aproximar dos 10% nos últimos 12 meses

A disparada nos preços das contas de luz e dos combustíveis devem impulsionar o resultado da inflação de agosto, a ser divulgada na manhã desta quinta (9). Com a alta prevista, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve encostar nos 10% no período acumulado dos últimos 12 meses.

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As expectativas mais recentes do mercado financeiro divulgadas pelo BC (Banco Central) apontam para uma alta na casa dos 0,7% nos preços apurados no mês passado, o que elevaria a inflação para o período entre setembro de 2020 e agosto de 2021 a 9,5%. Em julho, a taxa ficou em 8,98%.

De acordo com as previsões semanais, a inflação deve ainda subir em ritmo maior neste mês e começar a desacelerar a partir de outubro. A expectativa é atual é de que o IPCA termine o ano em 7,58%.

Na coleta realizada entre os dias 14 de julho e 13 de agosto, a prévia da inflação de agosto foi de 0,89%, a maior índice para o mês desde 2002, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – 15) acumula alta de 9,3%.

Neste mês de setembro, o bolso das famílias vai seguir afetado pela variação das contas de luz em meio a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, que resultou na criação da bandeira de escassez hídrica. A nova tarifa extra estabelece uma cobrança adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e deve manter a energia como vilã do orçamento.

Em todos os casos, o índice de preços já representa mais do que o dobro da meta estabelecida pelo governo para a inflação oficial deste ano, de 3,35%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (de 2,25% a 5,25%).

Diante do cenário de descontrole dos preços, o BC (Banco Central) aposta na elevação da taxa básica de juros da economia. Somente nos últimos cinco encontros, o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a Selic em 3.25 pontos percentuais, de 2% ao ano para 5,25% ao ano.

De acordo com especialistas, as movimentações do BC já visam a meta de inflação de 2022, estabelecida em 3,5% pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), com tolerância de 1,5 ponto percentual. “O compromisso inequívoco do Banco Central é com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e os passos futuros da política monetária são livremente ajustados com esse objetivo”, destaca a penúltima ata do Copom. Do R7

 

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