A inflação oficial de preços no Brasil avançou 1,06 em abril, após saltar 1,62% em março. Apesar da desaceleração, a alta é a maior para o mês é a maior desde 1996, mostram dados divulgados nesta quarta (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Com a primeira perda de ritmo depois de três meses, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Produtor) acumula alta de 4,29% em 2022 e de 12,13% no últimos 12 meses, patamar acima dos 11,3% verificados no fechamento de março.
Com a manutenção da inflação em patamares elevados, o BC (Banco Central) já admite que o IPCA terminará 2022 acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo. O alvo do CVM (Conselho Monetário Nacional) para o índice é 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%).
Em abril, os principais impactos para a alta dos preços partiram dos grupos de alimentação e bebidas (+2,06%) e dos transportes (+1,91%). Juntos, os dois grupos responderam por cerca de 80% da inflação de abril.
Entre os alimentos, a alta foi puxada pela elevação do consumo dentro de casa (+2,59%). No mês, houve alta de mais de 10% no leite longa vida e de componentes importantes da cesta de consumo das famílias, como a batata-inglesa (+18,28%), o tomate (+10,18%), o óleo de soja (+8,24%), o pão francês (+4,52%) e as carnes (+1,02%).
No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram subindo (+3,2%), com destaque mais uma vez para a gasolina (+2,48%).
“A gasolina é o subitem com maior peso no IPCA (6,71%), mas os outros combustíveis também subiram. O etanol subiu 8,44%, o óleo diesel, 4,74% e a ainda houve uma alta de 0,24% no gás veicular”, explica o analista da pesquisa, André Almeida.
Grupos
Os itens que fazem parte do grupo de saúde e cuidados pessoais também apresentaram variação significativa de 1,77% no mês. Já os artigos para residência estão 1,53% mais caros, segundo o IBGE.
A aceleração do grupo de saúde e cuidados pessoais ocorre, principalmente, pela alta observada nos preços dos produtos farmacêuticos (+6,13%), justificada pelo reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica. Do R7