A irmã da moradora de rua Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, morta em Niterói (RJ), chegou na Divisão de Homicídios na manhã desta quarta (20) chorando muito.
“Minha irmã só pediu R$ 1 para comprar pão. Ele ficou de graça, dizendo que iria dar um tiro nela. Minha irmã falou que duvidava e foi atrás dele. Foi quando ele atirou”, disse a irmã da vítima que pediu para não ser identificada – ela disse ter medo de Aderbal Ramos de Castro, preso como autor dos disparos.
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Segundo ela, ele trabalha como segurança no Centro de Niterói. “Minha irmã tinha casa, mas preferia ficar na rua. Nunca imaginei que algo parecido poderia acontecer com ela algum dia. Nossa família está arrasada”.
De acordo com o delegado Bruno Reis, que investiga o caso, Aderbal alegou que reagiu a uma tentativa de assalto, mas a polícia não acredita nessa possibilidade. “Pelo menos até agora, a hipótese alegada de legítima defesa é fantasiosa. No depoimento, ele disse que não sabia nem se a vítima era homem ou mulher. Apenas que se assustou por achar que seria assaltado e atirou”.
Ainda segundo Reis, Aderbal possui posse, mas não porte de armas. E, em função disso, não poderia estar armado na rua já que a posse de arma autoriza apenas ter arma em casa ou em local de trabalho.
“Ele confirmou que mantinha aquela arma em casa, mas que, naquele dia, decidiu levá-la ao trabalho porque tinha medo de ser assaltado no caminho”, explicou o delegado.
A polícia ainda destacou que Aderbal não era segurança de ruas do Centro de Niterói, como acredita a irmã da vítima, mas dono de um comércio na região.
A polícia chegou a Aderbal por meio da utilização das câmeras do circuito de segurança da Prefeitura de Niterói. Ele não possui antecedentes criminais. (Fonte G1 Rio).