Polícia

Jovem é morta pelo ex-companheiro na frente da família na véspera de Natal em SC

A Polícia Civil de Jaraguá do Sul, no norte de Santa Catarina, ouve testemunhas e realiza buscas para encontrar o assassino da jovem Thalia Ferraz, de 23 anos, morta a tiros na frente de familiares na noite de quinta (24), véspera de Natal. As informações são da ND+.

O crime é tratado como feminicídio, cometido pelo ex-companheiro da vítima. Thalia foi executada a tiros pelo homem, de 42 anos, que havia feito ameaças por mensagens de celular. Ele chegou a dizer que a jovem teria uma “surpresa inesquecível”.

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O assassinato ocorreu por volta das 23h30, no bairro Rio Cerro I. O ex-companheiro chegou à residência de Thalia atirando. Ela tentou se esconder em um dos quartos da casa, mas o ex-companheiro a perseguiu e a atingiu.

A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar de Santa Catarina por volta das 23h30. O homem está foragido. Segundo o delegado Fabiano Silveira, responsável pela ocorrência, a vítima não tinha medida protetiva ou havia denunciado o homem por violência doméstica.

Thalia seria sepultada nesta sexta (25). Ela tinha dois filhos, de três e seis anos, frutos de outro relacionamento.

Manifestações contra o feminicídio

Também na véspera de Natal, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi assassinada a facadas pelo ex-marido na frente das três filhas na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os dois casos mobilizaram uma série de manifestações por parte de entidades ligadas ao direito e à justiça.

Em nota, a presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados), Vanessa Mateus, manifestou seu repúdio e indignação pelos crimes. “Infelizmente, Viviane não foi a única mulher assassinada pelo ex-companheiro na noite de Natal na frente de sua família. Em Santa Catarina, Thalia Ferraz, de 23 anos, também teve sua vida ceifada.”

A entidade ressaltou que o feminicídio é um crime que não escolhe cor, raça ou classe social, decorre de valores distorcidos arraigados em parcela da sociedade que menospreza e subjuga mulheres pelo seu gênero e pela sua liberdade de escolha. “Todas são potenciais vítimas”, afirma o comunicado.

A Apamagis lembou que os legisladores brasileiros passarm a compreender a necessidade de incluir a qualificação no Código Penal Brasileiro há somente cinco anos. “Não é suficiente. É preciso que toda a sociedade repudie e se mobilize com vistas à erradicação de um crime tão covarde como o que tirou a vida de nossa colega e que tira a vida de milhares de mulheres diariamente”. (Fonte R7).

 

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