Um sinal simples, mas que pode salvar a vida de uma mulher. Esse é o propósito da campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”, que visa deixar em alerta colaboradores de farmácias e comércio em geral para as devidas providências caso uma mulher mostre um X vermelho na palma da mão ou em um papel. O assunto foi abordado pela juíza da 1ª Vara da comarca de Xaxim, Marciana Fabris, na reunião do Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Xaxim (CMDM), nesta semana.
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A magistrada apresentou a campanha como uma forma de socorro silencioso às mulheres vítimas de violência, inclusive durante a pandemia. “A violência doméstica costuma apresentar um padrão cíclico. E alguns atos, que são considerados violentos, ocorrem de forma silenciosa, sem deixar marcas aparentes no corpo físico, mas que atingem a autoestima e a saúde mental das mulheres por meio da humilhação, isolamento social, insultos, ameaças, controle excessivo de comportamentos e atitudes”, explicou Marciana.
O CMDM é o órgão permanente, paritário, deliberativo, consultivo e fiscalizador da política de defesa dos direitos da mulher e é composto de representantes governamentais e da sociedade civil. Por isso a importância de estarem preparados para atuar caso se deparem com tal situação. “O sinal X, feito com batom ou caneta vermelha na palma da mão ou no papel, permite que estabelecimentos farmacêuticos, empresas e outros reconheçam que a mulher foi vítima de violência doméstica e está pedindo ajuda. Assim, com informação do nome e endereço, acionam a polícia militar para as providências”.
A ação de orientação em parceria com o CMDM visa aproximar o Poder Judiciário, através da comarca de Xaxim, com a sociedade civil, atuando na prevenção e fortalecendo a rede de proteção à mulher vítima de violência. Na ocasião, profissionais do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (CEACA) apresentaram uma peça de teatro sobre o tema da violência doméstica. A campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica” é uma iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros, com engajamento do Conselho Nacional de Justiça e outras entidades. Em Santa Catarina, diversas redes de farmácia aderiram com apoio do Tribunal de Justiça.