Política

Luciane Carminatti quer que empresas comprovem paridade salarial para assinar contratos com Poder Público

Alinhada à iniciativa do governo federal para combater a desigualdade salarial entre homens e mulheres, a deputada estadual Luciane Carminatti (PT) apresentou dois projetos de lei com foco em Santa Catarina, onde a diferença salarial chega a 24% e é a terceira maior entre os estados do Brasil. As matérias que serão lidas hoje em plenário foram protocoladas no mesmo dia em que Lula enviou proposta semelhante ao Congresso Nacional – 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Clique aqui e RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS  EM SEU WHATSAPP

O ponto comum entre as propostas é a inclusão da equidade salarial como condicionante em licitações da administração pública. O decreto presidencial alcança os contratos federais, e como critério de desempate; já o PL de Carminatti abrange os contratos estaduais e é mais duro: desabilita as empresas vencedoras que não conseguirem comprovar igualdade salarial entre homens e mulheres com o mesmo cargo, atribuições, tempo de serviço e com graus de instrução iguais ou semelhantes.

O segundo projeto que passa a tramitar hoje na Alesc inclui a igualdade salarial entre os critérios da premiação “Troféu Responsabilidade Social Destaque de Santa Catarina”, concedida anualmente pelo Legislativo, para valorizar empresas privadas, públicas ou ONGs comprometidas com a responsabilidade socioambiental. Indo para sua 13ª edição em 2023, é hoje uma premiação consolidada e de referência no meio empresarial do Estado.

– São duas medidas que objetivam ampliar o debate sobre o assunto e trazer efetividade para a proibição de discriminação salarial de gênero que já é prevista na Constituição Federal, na CLT e em leis recentes – mas que na prática, ainda não é uma realidade – destaca a parlamentar.

Em SC, a média salarial das mulheres é de R$ 2.211, enquanto a dos homens é de R$ 2.969, ficando atrás apenas do MS e do RS (dados da Síntese de Indicadores Sociais divulgados pelo IBGE em dezembro de 2022). Um levantamento do Dieese divulgado semana passada apontou que, no Estado, as mulheres recebem 24% a menos do que os homens que exercem a mesma função. O índice é superior ao registrado no Brasil, em que essa diferença é, em média, de 21%.

 

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios