O crescimento do novo coronavírus em Santa Catarina está afetando, também, policiais e bombeiros militares. Desde o início da pandemia, 216 policiais e 71 bombeiros se infectaram com a covid-19 no Estado. Os dados são oriundo de relatórios dos comando da PM e dos Bombeiros até 21 de julho. Ao todo, 162 policiais e 71 bombeiros se recuperaram da doença. A situação é alarmante na Grande Florianópolis. A capital tem a maior concentração de militares infectados: 41 policiais e 11 bombeiros. São José tem 24 policiais e 17 bombeiros infectados.
Na última terça (21), a Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc), que tem sede na capital, decidiu fazer trabalho home office por uma semana – até 28 de julho – depois que um prestador de serviços da associação testou positivo para o coronavírus.
Novo epicentro da doença no Estado, Joinville tem 16 policiais e nenhum bombeiro infectado. Mafra, também na região Norte tem 15 policiais com a doença, mas nenhum bombeiro.
No caso da Polícia Militar, ao todo, 61 municípios foram atingidos pela doença. O relatório também aponta que há 251 casos suspeitos e que esses agentes também estão afastados do trabalho. No caso do Corpo de Bombeiros, houve registro da doença em 40 municípios.
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Associação dos militares atua no Planalto Serrano
Na última semana, a pedido de policiais e bombeiros militares, o diretor da Aprasc no Planalto Serrano averiguou as condições de trabalho da categoria no contexto da pandemia. O objetivo era avaliar as condições de serviço dos profissionais, considerando que estão expostos a diversos riscos, neste momento, o coronavírus em especial. De acordo com informações da PMSC, mais de 50 mil fiscalizações foram realizadas no Estado pelos militares no combate a covid-19.
Em três dias de viagens na região do Planalto e dos Lagos, a Aprasc visitou unidades da PM e dos Bombeiros em Capão Alto, Campo Belo do Sul, Cerro Negro, Anita Garibaldi, Abdon Batista, Celso Ramos, Ponte Alta, Correia Pinto, Taió, Otacílio Costa, Palmeira, Painel e São José do Cerrito.
“Temos 16 casos na área da 1ª Companhia do Batalhão de Lages, que compreende a região visitada. São três confirmados, um recuperado e os outros são suspeitos, ou estão aguardando confirmação”, disse o diretor regional da Aprasc no Planalto, Sargento PM Diogo de Jesus Sutil.
Ele trabalha, agora, em um relatório que será enviado à diretoria executiva da associação para os devidos encaminhamentos em favor dos policiais e bombeiros da região. (Fábio Bispo e Nícolas Horácio/Coluna Pelo Estado).