O mar avançou e “tomou” de volta cerca de 70 metros do alargamento da faixa de areia da Praia Central, em Balneário Camboriú, Litoral Norte. Com uma largura inicial de 180 metros, hoje o trecho está com 110 metros.
👇Quer ficar BEM INFORMADO?⏬
👉 Clique abaixo e receba NOTÍCIAS EM SEU WHATSAPP
👉🏿Acesse nosso grupo de NEGÓCIOS/CLASSIFICADOS💰
Segundo Rubens Spernau, engenheiro e fiscal da obra de alargamento, o projeto foi executado já com uma margem de 70 metros a mais, porque havia uma previsão de erosão naquele ponto.
“A empresa contratada para fazer a modelagem e determinar o perfil de equilíbrio da areia da praia já detectou que possivelmente haveria erosão no setor Sul da praia. Isso em função da ondulação dos ventos predominantes, que são norte e nordeste, e do mole instalado ali para o canal de navegação.”
Ele acrescente que: “fizemos esse serviço de forma preventiva e agora chegamos em um ponto de equilíbrio do que previa o projeto”. A ideia é que, mesmo assim, a prefeitura faça uma obra de contenção no setor Sul, para garantir estabilidade no local.
O edital da licitação foi lançado em maio e a obra deve iniciar em junho, com duração de três meses.
O engenheiro também afirma que “no restante da praia há um equilíbrio muito bom, sem movimentação expressiva, seja de aterro ou de perda de praia”.
O biólogo, oceanógrafo e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Paulo Horta, explicou como esses processos locais interagem com a natureza: “todo aquele volume retirado, ele não desaparece, ele fica acumulado em outros lugares”.
Paulo Horta falou que é preciso avaliar os impactos dos empreendimentos, pois eles não acabam quando se encerra a dragagem. “A gente não pode ficar colocando band-aid em uma ferida grave. Isso é um processo que precisa, de fato, de uma abordagem mais complexa e que envolve intervenções que nos permitam combater as mudanças climáticas e ambientais”, complementou. Do SCC10