Polícia

Mulher mata, esquarteja e concreta o corpo do marido no chão da cozinha

A mulher de 62 anos foi presa na terça (31) em Ribeirão das Neves (MG), suspeita de matar, esquartejar e concretar o corpo do marido no chão da cozinha. Ela já havia passado cerca de três meses presa por ter tentado matá-lo por envenenamento em 2012. A informação e outros detalhes do caso foram divulgadas pela Polícia Civil em entrevista coletiva virtual na manhã desta quinta (2).

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A suspeita foi presa em flagrante e encaminhada para o sistema prisional de Minas. O corpo da vítima está no Instituto Médico-Legal (IML) da capital e deve passar por exames de reconhecimento.

O homem de 55 anos estava desaparecido desde 11 de agosto. No dia 21, uma das irmãs dele registrou um boletim de ocorrência. A denúncia anônima que levou a Polícia Civil até a casa da vítima, no Bairro Florença, chegou na manhã desta quarta (1°).

Enquanto pesquisavam mais detalhes nos registros da segurança pública do estado, além do desaparecimento, eles localizaram um boletim de ocorrência de uma tentativa de homicídio da suspeita contra a vítima de nove anos atrás.

“Havia um boletim de ocorrência do ano de 2012 que relatava que a vítima tinha sofrido um atentado contra sua vida em que sua companheira teria colocado soda cáustica em uma garrafa d’água que estava na geladeira. A vítima ingeriu essa água e foi parar no hospital, e a companheira acabou presa”, narrou o delegado Fábio Werneck, titular da Delegacia de Homicídios em Ribeirão das Neves. “Ficou presa por alguns dias, foi solta e retornou para casa. De lá para cá, o convívio dos dois foi bem tumultuado.

Com base nessas informações, a equipe da delegacia foi até o imóvel averiguar a denúncia. A mulher autorizou a entrada deles e permitiu que o imóvel fosse revistado. Segundo Werneck, a casa fica em uma área de preservação permanente próxima a um curso d’água poluído e com mau cheiro, o que chegou a confundir um pouco os policiais com a suspeita da presença do corpo.

Primeiramente, chamou a atenção dos policiais um retângulo de concreto no quintal com terra que parecia ter sido mexida. Eles chegaram a escavar, mas não encontraram nada. Como os indícios eram fortes, a polícia insistiu nas buscas, diante da mulher e de testemunhas, e partiu para a revista nos cômodos.

“A Bárbara (investigadora que integra a equipe) notou que, sob uma mesa entre a pia e a geladeira da cozinha havia um pequeno retângulo de concreto fino, recente, com material e pintura destoantes do restante do piso, estufado e trincado, mal feito”, conta o delegado. “O odor da casa já não estava muito agradável. Foi feita também uma escavação nesse local e o mau cheiro foi piorando, até que foi visto algo parecendo um saco. Nesse momento, os trabalhos cessaram e a perícia foi acionada”.

“A perícia informou que encontrou lesões no coração e próximo do coração, compatíveis com faca ou algum instrumento nesse sentido, e também uma fratura na base do crânio muito grande. Segundo ele, há reação vital em algumas partes do corpo para esquartejamento. Traduzindo: quando o esquartejamento começou, a vítima ainda estava viva, provavelmente agonizando, em razão do local dos golpes, da severidade dos golpes que ele tinha sofrido no coração e no crânio. Ainda não foi possível apontar qual dessas lesões ou quais foram a causa da morte, mas foi algo nesse rumo”, explicou o delegado.

Considerando a idade e compleição física da mulher, o delegado disse que existe a possibilidade de ela ter sido ajudada, embora ainda não seja possível afirmar o envolvimento de uma terceira pessoa no crime, mas que também não se pode descartar que, com tempo, ela tenha feito sozinha todos os atos e a ocultação do cadáver.

Na coletiva, o delegado disse que a mulher atribui o assassinato do marido a um amigo do homem. “Ela disse que na noite anterior ao desaparecimento, no dia 10 de agosto, a vítima apareceu com esse amigo na casa, e os dois pernoitaram, inclusive na mesma cama. Ela informou só o primeiro nome desse suposto amigo, e disse nunca ter o visto antes, não sabe de onde veio, onde mora, qual é o telefone. Passou apenas características físicas. Ela alega que, no dia seguinte, o companheiro dela saiu cedo, 5h pra ir ao Rio de Janeiro, ela foi a Belo Horizonte fazer compras, e quando voltou não viu nem o marido, nem o amigo dele. Depois, ela muda de versão e fala que saiu por volta de 6h para ir até Belo Horizonte e deixou o marido e o tal amigo dormindo. Quando voltou não viu nenhum dos dois e não notou nada de estranho na casa”, disse o delegado.

Werneck também ressaltou que, na época do desaparecimento da vítima, a mulher criou diferentes versões à família dele antes que a ocorrência fosse finalmente registrada. Eles moram em outra cidade e o contato era feito por telefone. Preocupados e procurando saber detalhes sobre o tratamento do câncer da vítima, eles tentaram falar com ele, mas sem sucesso. Do Portal Tchê

 

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