O primeiro júri popular após o retorno gradual das atividades presenciais na comarca de Mondaí, no Extremo Oeste, foi realizado na última semana de maneira diferente. Pela primeira vez, o réu não esteve presente na sessão. O acusado foi interrogado por videoconferência diretamente do complexo prisional de Porto Alegre (RS). Ele responde pelo homicídio do sogro, ocorrido em 2011 no interior de Mondaí.
A distância geográfica não foi empecilho para a realização do julgamento, já que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) disponibilizou gratuitamente o sistema de videoconferência à comarca e ao complexo prisional gaúcho. Assim, ele pôde acompanhar todo o júri. A sentença determinou o cumprimento de 16 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio qualificado por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e motivo fútil.
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Os demais participantes estavam presentes, mas com distanciamento adequado, máscaras individuais e álcool disponível o tempo todo. Foi permitida a entrada de até cinco familiares da vítima e outros cinco do réu. A sessão foi presidida pelo juiz Raul Bertani de Campos. Na acusação, esteve a promotora de justiça Fernanda Silva Villela Vasconcellos, e o advogado de defesa foi Irajá José Ferreira.
O réu estava foragido desde a data do crime, 6 de fevereiro de 2011, e foi preso em Porto Alegre em março de 2020, nove anos depois. A família dele reside naquela região, por isso permaneceu no presídio de lá. De acordo com informações dos autos, na noite do crime o acusado foi até a casa da ex-companheira com intenção de matá-la. O pai interveio e acabou atingido por dois golpes de faca no lado esquerdo do peito, não resistiu e morreu (Autos n. 0000455-07.2011.8.24.0043).