Coluna PELO ESTADO

“Nosso intuito é sempre melhorar o ambiente empresarial, tornando-o cada vez mais competitivo”

Elson Otto, presidente da Federação das Associações Empresariais do Estado

A Federação das Associações Empresariais do Estado (Facisc), principal entidade que representa o associativismo empresarial voluntário de Santa Catarina, elegeu na última semana a sua diretoria para mandato de três anos. O empresário Elson Otto, primeiro representante do Extremo Oeste catarinense no cargo, assumirá a presidência do Conselho Superior da entidade. A solenidade de posse será dia 23 de novembro e o início da gestão será em 1 de janeiro de 2024.

Ele conversou com a Coluna e adiantou sobre os planos e projetos para a sua gestão.

Confira:

Pelo Estado – O senhor afirmou que tem como bandeiras a luta contra a alta carga tributária, a justa distribuição dos tributos e a melhoria da infraestrutura. Quais os seus planos para colocar isto em prática?

Elson Otto – A FACISC, na sua trajetória dos 52 anos de existência, vem atuando fortemente na luta contra o aumento do imposto e na redução da carga tributária, e também pela justa distribuição dos tributos. É nesse sentido que vamos atuar na busca constante de iniciativas, de parcerias efetivas, no sentido de ampliar o debate, para de fato construirmos resultados para a busca de soluções. O nosso posicionamento é bem claro, somos contra o aumento dos gastos públicos. Já na melhoria da infraestrutura temos uma ferramenta importante, é que de fato vem trazendo resultados, não na velocidade necessária, mas os pleitos das nossas doze regionais estão mais em evidências e através da cartilha do Voz Única, que está na quarta edição, e o foco principal é a melhoria da infraestrutura, estamos e vamos continuar focados pelo engajamento das associações empresariais na cobrança pela melhoria da infraestrutura, isso em todos os aspectos, nas rodovias, aeroportos e ferrovias, e temos um canal de aproximação junto aos órgãos públicos.

PE – Quando e como começou sua trajetória no associativismo?

EO – Comecei no ano de 1992, na Associação Empresarial de Palmitos, localizada no Extremo Oeste, onde tive a oportunidade de construir e me identificar com a cultura do associativismo. São mais de 30 anos atuando de forma ativa em entidades empresariais como voluntário.  Fui presidente da Associação Empresarial de Palmitos, por duas gestões (2012/2013 e 2014/2015) onde conseguimos incrementar o número de associados em mais de 100%. Na época, a implementação do programa Empreender na entidade foi essencial para esse crescimento. Na Facisc, transitei por diversas gestões e cargos, reforçando minha característica associativista, da promoção do diálogo e habilidade de conciliação. Como vice-presidente regional Extremo Oeste, atuei na promoção e ampliação do número de soluções empresariais nas entidades que compõe a regional, reforçando o propósito de melhorar a competitividade das empresas que se associam a uma entidade empresarial.

PE – A Facisc acaba de chegar ao número de 40 mil empresas associadas. O que isto representa para a entidade e para a sua gestão?

EO – Esse número de 40 mil empresas associadas ao Sistema FACISC ocorreu em consequência da forma colaborativa na transformação de ideias em iniciativas, projetos e programas a fim de atender os objetivos e estratégias da Federação. Realmente, o planejamento estratégico da gestão do presidente Sérgio Rodrigues Alves, do qual sou vice-presidente, alcançou plenamente seus objetivos, e agora a continuidade e mudança estão em nossas mãos. Vamos continuar promovendo um ambiente de pertencimento, de colaboração e de integração com a participação de toda a nossa diretoria e associações empresariais.

PE –  O senhor já sabe quais são os principais segmentos das empresas associadas?

EO – Os segmentos são bem diversificados, isso é uma clara característica catarinense, que faz do nosso estado um ambiente competitivo, que faz a diferença. Nosso Sistema, reunimos empresas de todos esses segmentos. Temos associadas do comércio, da indústria,  prestação de serviços, turismo, agricultura, entre outros, e também de todos os portes.

PE – Quais os diferenciais que a Facisc oferece aos associados?

EO – A FACISC  promove a integração e a representatividade empresarial de forma voluntária, por meio do associativismo, na busca de ambiente favorável aos negócios e ao desenvolvimento sustentável. Somos a maior representatividade do setor produtivo catarinense e sempre estamos na busca de soluções alinhadas com as novas expectativas dos nossos associados e a expectativa do próprio mercado.

PE – Os associados contam com uma diversidade de serviços oferecidos pela Facisc. Na sua gestão, algum deles irá mudar ou o senhor pretende acrescentar mais serviços?

EO – Nós seguimos um planejamento nessa área desde a gestão do presidente Antônio Rebelatto. Temos uma área de soluções empresariais que está sempre atenta a novas oportunidades, tecnologias e inovação, e que pensa nas necessidades do empresário. Nosso intuito é sempre melhorar o ambiente empresarial tornando-o cada vez mais competitivo. Vamos dar continuidade nessa vertente da Facisc. Neste ano por exemplo lançamos o cartão de benefícios flexíveis, o BEE, que nasceu para atender não só SC, mas todo o Brasil. Ele tem a bandeira Mastercard. Também criamos a FAC, Faculdade do Comércio, que oferece cursos de graduação e pós-graduações à distância com o objetivo focado na qualificação inovadora e inteligente do comércio, varejo e serviços, conectando e preparando o profissional para as novas demandas do mundo digital. Os polos educacionais ficam nas associações empresariais e a faculdade é reconhecida pelo MEC.

PE – Como o senhor avalia o cenário empresarial do Estado?

EO – A FACISC integra o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina, o COFEM, e é nesse Conselho que se reúne mensalmente, se tem uma avaliação ampla de um novo cenário, com um todo podemos garantir de que o mesmo é de otimismo. Já a FACISC, por sua vez, avalia de uma forma desafiadora, que vai necessitar de um empenho, de uma participação e uma representatividade juntos aos órgãos públicos, no intuito de termos resultados práticos, na construção de uma economia mais forte, gerando renda, emprego e tributos.

 

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