União de esforços. Assim é o associativismo e foi por meio dele que a Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) e diversas entidades catarinenses conseguiram patrocinar o estudo que comprova a viabilidade de construção de um ramal da Ferroeste de Cascavel a Chapecó, no oeste catarinense. O Núcleo das Cooperativas da ACIC teve importante participação para a efetivação do projeto.
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Em junho, o Governo do Estado do Paraná lançou a consulta ao edital de leilão da Nova Ferroeste. A linha férrea ligará Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no Paraná, com um ramal ao oeste de Santa Catarina, impactando diretamente 67 municípios.
Para estimular investidores a se interessarem pelo ramal Chapecó-Cascavel um grupo de entidades catarinenses – ACIC, CEC, Facisc, Faesc, Fiesc, Ocesc e Sindicarne, além da ABPA – desembolsou R$ 750 mil para pagar o estudo de viabilidade econômica, técnica e ambiental para demonstrar as condições do empreendimento.
Parte do valor destinado pela ACIC foi viabilizado pelo Núcleo das Cooperativas, com participação da Cooperalfa (Cooperativa Agroindustrial Alfa), Cooperativa Ailos (Evolua – Cooperativa de Crédito da Região do Sudoeste do Paraná, Transpocred – Cooperativa de Crédito dos Empresários de Transportes do Sul do Brasil, Credcrea – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais do Crea dos Estados de Santa Catarina e Paraná), Cresol Central SC/RS (Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária), Sicoob Advocacia (Cooperativa de Crédito Mútuo dos Advogados de Santa Catarina Advocacia), Sicoob MaxiCrédito (Cooperativa de Crédito Maxi Alfa de Livre Admissão de Associados), Sicredi Região da Produção RS/SC/MG (Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento), Sulcredi/Crediluz (Cooperativa de Crédito Rural de Abelardo Luz), Unicred Desbravadora Sul (Cooperativa de Crédito) e Unimed Chapecó (Cooperativa de Trabalho Médico da Região Oeste Catarinense).
O coordenador do Núcleo, Fernando Rebelatto, ressalta que as cooperativas do grupo empresarial aderiram ao projeto por compreenderem a importância da ferrovia para tornar suportável a megaoperação de transferência de grãos para Santa Catarina e dos produtos acabados para os portos do Paraná. O oeste barriga-verde está longe dos grandes centros de consumo e distante das áreas produtoras de milho, seu principal insumo. Com a ferrovia será possível unir o oeste catarinense ao centro oeste do País, levando o alimento industrializado para as grandes cidades e trazendo, principalmente, milho e soja. Além dos produtos alimentícios, inclui-se todo o transporte de fertilizantes, calcário, grãos, farelo etc demandados na região.
“Nos engajamos na proposta para contribuir com esse importante projeto, pois como cooperativas, buscamos o desenvolvimento da região. A ferrovia é fundamental para baratear os custos do transporte de grãos e outros insumos para a agroindústria, mas também contribuirá para o transporte de itens de outros setores da indústria regional, garantindo o desenvolvimento e a competitividade do oeste”, destaca Rebelatto.
O agronegócio em Santa Catarina representa 30% do PIB estadual e contribuiu com 70% das exportações. Santa Catarina é o maior produtor brasileiro de suínos e detém a vice-liderança na produção de aves. A insuficiente produção catarinense de milho e farelo de soja para alimentar a agroindústria da carne obriga o Estado a importar cerca de 5 milhões de toneladas do centro-oeste brasileiro e, suplementarmente, do Paraguai e da Argentina – com imensas despesas com o transporte rodoviário. MB Comunicação