A Ordem dos Advogados do Brasil enviou ofício à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) nesta quinta (28), requerendo “imediatas medidas” para a apuração do vazamento de mais de milhões de CPFs e outras informações detalhadas de cidadãos brasileiros. Segundo a entidade, o vazamento “submete praticamente toda a população brasileira a um cenário de grave risco pessoal e irreparável violação à privacidade”.
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O documento assinado pelo presidente Felipe Santa Cruz, pelo ouvidor-geral adjunto e conselheiro federal, Rodrigo Badaró, foi endereçado da ANPD, Waldemar Gonçalves Ortunho Júnior.
“O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil se solidariza e reconhece as dificuldades estruturais da ANPD, quanto ao início de seus trabalhos, mas a lei está vigente e o fato é de gravidade ímpar na história brasileira. E é em momentos de grave crise que as instituições devem ser testadas e corresponder ao que delas se espera”, registrou a OAB no ofício.
Em nota, oito dias após o vazamento dos dados, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados disse que “está apurando tecnicamente informações sobre o caso e atuará de maneira cooperativa com os órgãos de investigação competentes e oficiará para apurar a origem, a forma em que se deu o possível vazamento, as medidas de contenção e de mitigação adotadas em um plano de contingência, as possíveis consequências e os danos causados pela violação”.
Outros órgãos, como a Senacon e Procon-SP, já estão averiguando o caso e notificaram o Serasa, apontado como possível origem do vazamento. Especialistas consultados apontam que esse pode não ser apenas o maior, mas também o mais lesivo vazamento de dados do Brasil. Do R7